quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Angola





Descalça caminho no grão de areia salgada
Levo vestido na alma  a saudade do mar
Na onda ....memórias de sobrevivência
Da gargalhada...da palavra mãe ...do abraço amigo
O boné de coco esconde  o rosto desconhecido entre a brisa  fresca e a multidão
Angola...
Terra de encantos meus...
Na magia do tempo que não conta o tempo
A poeira do jogo da bola ...a lata de sardinha o brinquedo de excelência
o carro de rolamentos contrasta   com o grande hotel mesmo ali ao lado
E num cruzamento do passado  fico presa  na pureza dos sentimentos  
Ao som da musica africana  ...corpos bebidos em esquinas  fantasmas 
Vagueio sobre escombros reconstruidos  na infância  apagada
Sorrio   com a cuca  no regresso ao sonho
Acordo feliz por visitar um amor que me queima o peito de felicidade
Angola...
Terra do nunca..