Alvorada

É o amanhecer

É o carregar dentro de nós

Os silêncios de morte
Onde são como jardins proibidos
Não se tocam
Não se vêem
Mas a nossa alma sabe
Que algures neste meu pensamento (mundo)
Encontra-se um jardim proibido
Onde sou obrigada a...
Usar o silêncio
Que me mata dia após dia...
Como mal começa o dia
As lágrimas correm pelo meu rosto
De tanta dor profunda
Castigada pelo silêncio de morte
Sou prisioneira deste silêncio
Onde ao pequeno descuido
Tento libertar-me
Mas a dor
Provocada pelas correntes 
(palavras e acções)
Fizeram em mim marcas
E cicatrizes profundas
Não choro...
Não sinto...
Mas tenho pena
De quem me fez estas marcas
Também deixei que me fizessem...
Por ignorância
Por burrice
Mas também, principalmente,
Por amor
Há uma cantiga que canto...
"Soltem os prisioneiros"
O resto não sei mas vou estar
Completa o que escrevo
Porque todos os prisioneiros
Têm dentro deles silêncio de morte