Companheira de ilusões e desilusões,
onde me agarro e me entrego, como a mais ninguém faço...
No descançar o peso do corpo
e no tentar adormecer o cérebro de vidas passadas, como presentes,
enxugamos as lágrimas pela alegria, pelos dessbafos,
como a tristeza dos dias chuvosos...
Onde, eu e tu, somos companheiros(as) de quarto e de cama...
A solidão reclama a sua presença,
como quem está ao nosso lado, feliz...
A luta começa aqui e o sono,
por mais agitado que esteja, estás em minhas mãos...
O meu rosto colado a ti e a maciez da fronha lavada e perfumada
traz de volta os sonhos acordados,
Como também o contar dos carneirinhos 1,2,3,4, ...
E tudo passa por magia da noite para o dia...
Oiço a música agarrada a ti
com lembranças da imagem de infância,
desenhando entre a leveza das penas,
como as gargalhadas da criança rabina...
És o centro do meu equilíbrio, do meu repouso,
do meu sono, dos meus sonhos...
Estou a falar da minha almofada,
minha companheira de tantos anos...
A ti ...
Aguardo, ainda, a minha primeira almofada...