Destino desencontrado,
cruzado apenas por uma linha,
onde a distância se encontra no viver...
Palavra sentida,
vivida num deslumbrar de afectos
descontrolados pelo abraço perdido...
Num chamamento religioso,
onde me penitencio sobre o meu corpo,
ajoalhado(a) a teus pés...
Rogo-te, destino,
que me leves por esse mar imenso...
Por essa floresta dentro, onde o sol ilumina...
Trilhas marcadas pela força do peso da vida...
São caminhadas percorridas pelo sorriso...
É um lavar de alma, em cascatas de lágrimas,
em transformações no vestido de noiva...
Onde o cantar da cigarra traz o fumo do vulcão...
O medo do fumo, do queimado...
Suja as mãos com cinza,
desenhando na tela o retrato a carvão
da palavra destino...