À beira do Tejo vejo-te a pairar
num vento suave pelo bater das asas,
como se de um leque se tratasse...
O sol brilha, o calor entra no teu corpo,
transformado em bailado...
Soltas o teu grito, como se fosse um reencontro...
Olhas...
E voas em sua direcção, ao encontro...
Trazes no teu peito escrito a palavra liberdade...
E em cada bater de asas o Tejo como teu leito,
assim como tua mesa...
E sobrevoas os nossos pensamentos,
como o chamar para o caminho da vida...
Somos diferentes...
Com o mesmo objectivo, a liberdade...
Um olhar entre olhos...
Levas no bico a mensagem do amor...
Para ti, minha gaivota, desejo que me leves em tuas asas,
como se uma pena fosse...
Não tenho frio, não tenho fome...
Apenas sede de viver a liberdade
num voo extasiante...
Prolongo a vida com a força da liberdade!
num vento suave pelo bater das asas,
E voas em sua direcção, ao encontro...
como se uma pena fosse...