Aceito o meu viver perdida num tubo de oxigénio...
Encontro o sorriso de um filho, levanto-me lentamente...
Rasgada na ferida da alma digo baixinho, estou aqui!
Surdos pelo egoísmo dançam música metálica...
Inconscientemente, procuro beber o ruído num esquecimento tardio.
Percorrro ruas, levo a minha alma ferida da solidão num aceitar...
Sorrir para mim é o reflexo do espelhar do lago...
Procuro a força e na minha caminhada vislumbro a luz...
Ergo os meus braços ao céu e em prece rogo perdão...
Quero viver a voz...
Dentro do meu peito respira paz no teu olhar...
Meu Deus, obrigado por ter forças de aceitar e sorrir-
Um novo caminho me proponho a viver sob a tua protecção...
Levo comigo a bagagem,
corro feliz ao teu encontro...
Na ternura do olhar de uma criança sorrio...
A vida, aceito...