terça-feira, 25 de agosto de 2015

Fuga




Quero ir para a terra de ninguém
Onde vozes  são como mísseis numa explosão de sentimentos
Quero o vazio do silêncio
Da vida destruído pela  loucura 
Quem sou eu?!!!
Uma bala perdida e encontrada entre mãos de olhares passageiros
Que contam fantasias macabras
Da verdade destrucida
No trajecto da fuga  liberto fardas obrigatórias 
De uma vida que não é minha
perseguição constante do corpo
Corro  cansada e  descalça.. pés  rotos 
Caminham em direcção do futuro entre restos do passado 
Prisioneira... vejo a luz entre grades de sonhos 
Ladrões de almas 
Que coleccionam mentiras numa publicidade enganosa
São veteranos da guerra... masoquistas  da  destruição
A fuga uma passagem para a liberdade do meu Eu
Sim...
Dos restos de cinzas ....reconstrui 
Vida


*Homenagem a uma grande mulher vítima da chantagem psicológica*