Toda a nossa educação vem de dentro de nós,
apesar de termos pais, professores, médicos, carpinteiros, agricultores...
É toda uma aprendizagem de manutenção que fazemos ao longo de anos de vida,
até porque ninguém nasce ensinado.
O nosso instinto é de sobrevivência,
de trabalharmos de acordo com os nossos ideais, nossos sonhos...
Sonhos que tínhamos aos 20 anos são diferentes dos da idade adulta, actual.
Em criança desejamos ser bombeiro, médico...
Em adulto se o somos é porque o sonho, o desejo, o acreditar,
a vontade de vencer é igual ou superior ao sonho...
Daí tornar-se realidade...
Muitas vezes dispersamo-nos com o que nos rodeia e fazemos filmes ou somos actores.
Mais tarde é posto em tela de cinema e não acreditamos...
Tantos anos perdidos com coisas banais...
E acontece geralmente quando as doenças ou a morte nos visita.
Em S. Lucas 8, v. 4-15, parábola do semeador que aconselho a ler,
temos uma boa semente nas mãos e dispersamo-nos com a ilusão de vidas paralelas...
São irmãs gémeas, siamesas, unidas por um corpo, mas a mente e o espírito é diferente...
O corpo faz tudo de igual, veste, come, anda, etc.
A mente é o tradicional, ou seja, é correcto fazer o bem e faço tudo perfeito,
porque é assim que tem que ser...
Casamos, temos filhos, trabalho, marido ou mulher ou até o mesmo sexo como companheiro,
e sou feliz porque consegui uma etapa de vida sonhada e trabalhosa para mim,
porque vivo, mas o espírito está confuso com ele próprio...
Se disser ao marido, falando como mulher, que fui ao cinema com uma colega
ele responde, isso é trabalho?
Aquele companheiro passa a ser um desconhecido.
Põe em causa tudo aquilo que construí e pergunto, o respeito?
Partilhei uma vontade de coração, feliz e para a próxima vez vou ao cinema
e não digo nada ou fico em casa, mas infeliz,
presa ao agrado de uma distância de chantagem psicológico muito forte...
Temos duas opções, ou se respeita, ou não se respeita...
Quando um homem, mulher se encontram envolvem-se do jeito que entendem.
Têm gostos diferentes, ou iguais e toda uma vida para se comungar nessa união,
tendo por base o respeito, a personalidade, a religião, a cor,
por tudo, porque é uma partilha de vida...
Não precisamos de fazer vidas paralelas, mas criar defesas,
por exemplo, um pensamento que me faz bem,
criar construção para que haja cumplicidade entre os dois,
se acredito nesta vida de respeito, honestidade, de amor, de estar vivo...
Sim, senão não faria sentido escrever...
E também precisamos de ter mais casais unidos, mais cúmplices,
e tenho a certeza de um mundo melhor.
Realmente podemos ter e a sociedade obriga a essa separação de vidas...
Um dos factores é o trabalho, mas a adaptação a este modo de vida é cada vez maior
e importante para a educação espiritual.
Vidas paralelas são como as linhas de comboio...
Juntas, mas separadas, todas elas têm um sentido, sentido da vida...
Basta é não descarrilar...
A viajam da vida é longa com paisagens maravilhosas,
experiências inesquecíveis, únicas, mas nossas...
Façam boa viagem no caminho de vidas paralelas...