quinta-feira, 30 de maio de 2013

Operação Relâmpago



Operação relâmpago poderia ser um nome de código policial, mas não é.
É a imagem que todos nós desejamos quando estamos numa cama do hospital. 
Que tudo passe como um relâmpago, mas que não queime ou magoe.
Nós, seres humanos, necessitamos muito dos cuidados médicos, 
e cada vez mais nesta geração,
onde desde criança começam já com estes cuidados. 
Os antigos bebiam a sua pinguita e o seu xiripiti, bagaço, aguardente,
e diziam que era o mata bicho.
De criança bebiam o vinho ou faziam as sopas de "cavalo cansado" 
que era o vinho com pão e muito açucar 
e diziam dar muita estaleca, força.
E assim sobreviviam anos e anos sempre com estes produtos 
que eram a força, fruto da natureza. 
Não havia bicho que entrasse...
É a expressão que usavam estes velhos de grande riqueza e sabedoria.
Nós, hoje, vemos muitos jovens também a beberem e condenamos. 
Não sei o porquê...
Os antigos bebiam vinho, aguardente,
porque não tinham posses monetárias para alcançar outro género de bebida 
e também não havia tanta variedade. 
Os nossos jovens já vêem os pais a consumir 
e, a necessidade de se afirmar perante tantos outros jovens, 
bebem desde os 9 anos.
Aos 13 anos já estão craques e aguentam bem a bebida.
A fartura é grande de bebidas brancas 
e o levar para as escolas para conviver com os colegas
é a realidade desta adolescência...
Por vezes entram em estado de coma... 
Os pais, por vergonha, escondem 
e, então, quando chegam aos hospitais e ficam internados,
a vida passa como um filme 
e a avidez de sobrevivência e modicações é tão grande 
que desejam a Operação Relâmpago.
Já ouviram falar de uma luz ao fundo do túnel?
Não, não é o comboio num túnel,
mas sim, a passagem do espírito para uma nova visualização de vida. 
Deitados numa cama do hospital conseguimos ver e sentir, 
ao pormenor, toda a nossa vida...
O desejo de sair é tão grande 
que mesmo que passe o relâmpago por nós não sentimos a dor de nada 
pelo prazer de estar bem com a vida.
E nunca mais será a mesma... 
Por tudo isto é importante que nós façamos a operação relâmpago, 
sem estarmos em hospitais,
porque ela pode ser feita pela nossa mente.
Não tenham medo!
Façam enquanto é tempo!


terça-feira, 28 de maio de 2013

Anorexia




Uma palavra muito forte que provoca traumas, 
muitos medos para quem ouve.
Anorexia é vivida por alguém que vive muitas obsessões...
Alguém com muitos medos... 
Chega até a ter muitos estados de pânico.
Aqui começa a história da "Branca de Neve e os Sete Anões" deste século:
Era uma vez uma menina muito humilde 
que incomodava a madrasta (bruxa má) 
que queria a sua maior riqueza... a beleza.
Esta madrasta era incrível.
Mal acordava a sua maior preocupação era pegar no espelho 
e fazer sempre a mesma pergunta:
"Espelho meu, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?"
E ouve sempre a mesma resposta:
"Não, não, só tu... És a mais bela..."
Os anos foram passando e ela acreditava que continuava a ser sempre a mais bela,
porque queria que o espelho (consciência) lhe desse sempre a mesma resposta. 
A anoréctica, por mais que todos lhe digam que está magra,
só se vê no espelho muito gorda, ou seja,
a bruxa má acredita que está cada vez mais gorda.
Nestas doenças não há psicólogos, psiquiatras, neurologistas, bruxedos
que possam ajudar a doença da alma. 
Sim, porque é uma doença que se deve ter e dar todo o respeito.
Quando estes pensamentos obsessivos entram na alma o que sofre é o corpo.
A dor dos pensamentos é enorme 
e um dos principais sintomas é a perseguição, 
a solidão, a rejeição e também o excesso de trabalho 
e mais tarde a paragem completa.
É de uma violência enorme porque, voltando à Branca de Neve, 
a madrasta tenta arrancar o coração da enteada 
para ter a certeza que a juventude é eterna. 
A anoréctica faz o mesmo...
Tenta enganar todos e teima a pés juntos que está bem.
E aqui entram os sete anões:
O primeiro, mãe.
O segundo, pai.
O terceiro, namorado ou marido.
O quarto, amiga.
O quinto, os doutores.
O sexto, internamento.
O sétimo anão... a cura.
Ou seja, dentro destes sete anões nós temos a cura...
Nós somos obrigados a passar por eles todos,
seja qual a ordem escolhida por nós para encontramos a cura. 
A escolha é de quem quer ou tem vontade de viver.
Sim, porque esta doença é tratada,
além da medicação que é muito importante, 
também com amor, paciência,
mas, principalmente, com a inteligência de saber estar presente, mas ausente.
O amor cura.
E aqui temos mais uma vez um final feliz
Apesar de ser uma doença deste século,
também temos doutores da alma que nos dão sempre a mão,
a luz no momento certo.
Não se esqueçam que qualquer que seja a vossa posição
há sempre uma saída para o caminho da luz.
Tenham Fé! 
Tenham sonhos porque todos eles se realizam!
O homem fecha a porta, mas Deus abre sempre uma janela,
a janela da felicidade, da Luz!


domingo, 26 de maio de 2013

Tango



À média luz te vi, à média luz te amei. 
E foi à média luz que por ti me apaixonei. 
Neste versos de amor que todos nós conhecemos 
só falta a melodia a que dou o nome de Tango... 
Uma dança de corpo e alma, onde sobressai mais a alma, 
porque o corpo é o entrelaçar de corpos celestiais, 
onde nos mostram uma imagem surreal,
Parece que estamos hipnotizados pelo som 
que sai destes corpos suados de emoção pela dança.
O ser humano que dança o Tango é de um talento... 
Pertence a um mundo superior a este que vivemos 
e com tanta intensidade, de muito trabalho, 
amor, dedicação, a entrega da sua alma para uma cultura. 
Não existe pintor algum que consiga pôr em quadro esta dança de amor. 
Falar Tango é falar Argentina... 
Um país de cores quentes, de sabores a terra,
onde a magia da música entra neste povo de alma. 
A sua simplicidade de vida faz com que trabalhe, cada vez mais, 
o orgulho desta dança, Tango... 
São artistas incógnitos 
que se escondem por detrás das cores coloridas, de suas vestes
que para mim são santuários.
Esta magia só se encontra em quem entra neste mundo de luz. 
Estou a falar de Tango... 
Que é a música ouvida e dançada pelos meus pais. 
Mas sempre me ensinaram que nem todos sabem dançar, 
nem qualquer pessoa dança. 
O respeito que eles nos ensinaram pelo Tango 
e eu via e ouvia como criança 
e ainda, hoje, o Tango leva-me para um mundo de fantasia, de magia... 
Não sei dançar, mas amo esta dança. 
O meu corpo não sabe, 
mas a minha alma dança constantemente, 
nesta melodia celestial.
Por isso digo, 
dancem e encantem com amor 
e a magia que merece o Tango!

sábado, 25 de maio de 2013

O Regresso do Filho Pródigo



Esta passagem bíblica diz-nos que um pai tinha dois filhos queridos,
porque para qualquer pai ou mãe os filhos são sempre queridos.
Quem disser o contrário está a enganar-se a si próprio. 
Os amores podem ser sentidos de maneiras diferentes.
Mas voltando a este pai que tinha os dois filhos,
o mais novo pediu a herança dele para poder gastar onde quisesse. 
Isto está a acontecer...
Os filhos dizerem que querem agora,
porque agora é que precisam,
porque os pais podem ainda durar muito tempo.
O mais velho, deste pai, continuou no seu trabalho, como sempre,
e não fez um gesto ou disse uma palavra de contra, 
ou seja, não deu a sua opinião. 
O mais novo com a vida que levava gastou tudo o que tinha.
Em pouco tempo começou a passar fome
e no seu inconsciente e educação dada pelo seu pai, 
humildemente, pensou pedir perdão a seu pai pelo acto cometido.
Assim o pensou, assim o fez.
O pai feliz pelo regresso do filho mandou fazer uma festa em sua homenagem.
Nunca devemos perder a Fé...
Nunca devemos deixar de acreditar...
Entretanto, o mais velho vem do seu trabalho, vê a festa 
e fica indignado e muito triste e pergunta o que se passa. 
Seu criado disse que o seu irmão mais novo tinha regressado.
Não ficou feliz e foi pedir satisfações ao pai.
O que está errado?
Os pais não devem satifações aos seus filhos, sejam eles quem forem.
O mais velho disse ao pai:
"Eu sou tão trabalhador, nunca fiz uma festa para mim 
e este teu filho que destruiu tudo ainda recebes com festas?"
O pai responde:
"Meu filho, ele gastou o que eu quis dar, à minha vontade
e se nunca fizeste a tua festa foi porque nunca quiseste,
porque tinhas e tens tudo para o fazeres e seres feliz...
Não tenhas tantos pensamentos maldosos,
porque teu irmão fez o que eu permiti e tu também."
Assim começa a nossa vida... 
Temos tudo para sermos felizes ao longo da nossa vida, 
mas não sabemos como usar esta felicidade 
de estarmos vivos, 
de termos saúde, 
de termos trabalho,
de termos muito amor nas nossas vidas. 
Nós somos o filho mais velho!
Quanto mais temos, mais queremos. 
Não gastamos nos nossos prazeres da vida.
Pelo contrário, só nos lamentamos e choramos a vida dos outros 
que assumiram a sua realidade de vida.
Não está correcto querermos as heranças dos pais. 
Não são nossas e nem os nossos pais têm o dever de nos deixar qualquer herança.
Eles trabalham para eles.
Quando entenderem e se quiserem dão, 
segundo a sua vontade e não a vontade de seus filhos. 
Não têm obrigação como dizem os filhos.
Afinal, gastamos muito tempo de vida com o que os outros fazem ou falam
e a nossa felicidade passa por nós como um relâmpago que por vezes chocamos. 
Estejam felizes com o que têm!
Todos nós temos um regresso do filho pródigo... 
Importante é tê-lo e não julgá-lo.
Olhem para dentro de vós e vejam o quanto valem.
Ou se vale a pena perdermos quem amamos.
Não julgueis segundo aparência, mas sim pela recta justiça!


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Velhos



Nos tempos que vivemos a nossa juventude chama-nos...Velhos.
A minha velha deu-me 20 euritos... 
O meu velho emprestou-me o carro, e por aí fora. 
A palavra velho não tem cor, raça, religião. 
A palavra velho representa o muito usado, o desgaste de algo. 
No fundo eles têm razão, porque os seres humanos mal nascem começam a envelhecer, 
sem repararmos nesse pormenor.
Logo, velhos somos nós todos.
Desde o que nasce, como aquele que tem 10, 20, 30, 40, 50 anos...80 ou até 100 anos.
Para mim ser velho representa sabedoria, inteligência de saber prolongar a vida.
Velho representa respeito. 
Velho é o carinho... 
Amor pela vida e pela família que muitas vezes não o têm. 
E aqui falo, ou melhor, escrevo a tristeza que tenho 
por saber que muitos destes velhos encontram-se numa solidão de morte. 
Mas nesta sociedade quando encontramos estes casos chamamos-lhes idosos,
ou então, damos apoio à terceira idade. 
Quando encontramos algo diferente, como por exemplo tenho 85 anos e danço o tango, 
logo dizemos: "Olha a velhota". 
Mas não aceitamos o lar, porque julgamos que ainda temos muita vida pela frente. 
Estou de acordo quando dizemos: "Tenho 50 anos e o meu espírito parece que tem 30 anos." 
Não somos velhos, mas também não somos jovens. 
E não aceitamos os restos de uma vida.
Aqui começa a revolta, as doenças, também a morte emocional.
Geralmente, não temos ninguém que nos entende 
e fechamo-nos no nosso casulo, no nosso mundo.
O ser velho é digno!
O ser velho é respeito! 
O ser velho é verdadeiro! 
Assim como as mães que ainda a criança não nasceu
e já estão a pagar o infantário, 
assim também são os lares,
onde os filhos e as mães põem os velhos... 
Nas gaiolas, nas chocadeiras...
que por vezes esquecemo-nos deles.
As mães não os podem esquecer, porque são bebés e muito desejados,
mas também a sociedade, assistente social, não deixa porque são bebés.
Quanto aos outros, velhos, a assistente social até se esquece que existem.
Perdem muito tempo com formulários, papéis por passatempo.
Muitas vezes metem-nos nos hospitais para férias ou para o ano terem despesas. 
Outros também são maltratados pelo próprio sangue. 
Todos nós sabemos, mas ignoramos. 
Todos nós sabemos, mas pomos os óculos de sol 
para esconder aquilo que os nossos olhos vêem, 
para esconder as rugas da vida... 
Seja um lindo velho! 
Seja real!



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pedofilia



Há muito muito tempo eras tu uma criança
que brincavas no baloiço e a sorrir...
E assim começa... a Pedofilia.
É feita por pessoas (coisas) 
que estão dentro da própria casa e arredores (vizinhos, professores, etc).
Hoje, ouvimos falar com muita frequência, mas há muito, muito tempo 
também existia a violação com crianças 
que hoje têm 40 anos, 50 anos e, por vezes, 60 anos.
E tudo era feito na calada da noite, 
como no silêncio das paredes da casa... pai, avô, primo, etc...
Mas em muitos casos estas crianças, 
hoje mulheres, homens choram com a alma toda, 
onde este choro é abafado pela vergonha, pelo nojo que sentem...
Ainda hoje não conseguem trabalhar as emoções no casamento,
por vezes, também com os filhos.
Uma das grandes doenças incuráveis do século XXI. 
Por mais evolução que haja da medicina, tanta maldade não tem cura. 
E isso a ciência não tem o poder de fazer: entrar na maldade do homem.
Mas também nesta geração encontro jovens 
que se servem de serem crianças para mentirem a eles próprios.  
Utilizam a pedofilia para conseguir matar o que resta de uma família.
As suspeitas são grandes, mas ninguém fala 
e quando falam vêem para a televisão chorar... lamentos de vidas perdidas 
e as que são suspeitas também têm o direito de estar em tempo de televisão
a negar o que já se sabe... Dito por juízes e por eles. 
Não julgo, mas condeno. 
Tenho alguém especial que foi violado em criança aos 7 anos.  
Ficou marcado... 
Hoje, é pai de duas crianças maravilhosas.
A pedofilia é um tema que poucos gostam de falar, mas muitos gostam de fazer.
Quando um homem de 60 anos tem uma jovem de 20 anos 
e mantêm uma relação emocional, chama-se a isto o quê?
Porque ela tem 20 e não é criança...
A moda de rapar os pelos (no púbis) tanto no homem como na mulher é o quê?
O retomar de uma infância...
Apesar de aceitar as higiene existem muitos exageros ou modernices.
Muitos homossexuais, gays, travestis, lésbicas foram violados em crianças,
não digo todos, mas a maioria por alguém de suas infâncias.
Pedofilia é a doença que contamina muitas mentes da sociedade.
Aqui vai a minha gratidão a todos que têm a coragem de assumir os seus erros 
e ao mesmo tempo terem a coragem de apontar o dedo... os advogados e os anónimos...
Não fiquem calados a tanta podridão.
Hoje, somo nós, mas amanhã são nossos filhos e netos. 
Temos que viver numa sociedade Big Brother,
onde somos vigiados a todo instante,  
já para não falar do número fiscal... vigia-nos, mas não protege.
Lutem... se já foram violados.
Se são violados, lutem...
Até que a voz lhe doa, porque a liberdade
é como a gaivota que voa sem parar...
Porque somos livres de voar...



domingo, 19 de maio de 2013

Sãozinha de Alenquer



Depois de tantos anos continuamos a ter o mesmo sentimento,
como da primeira que te vi e senti na minha vida. 
Desde esse dia tudo mudou na minha vida. 
Esta lembrança enche a minha alma de paz, amor e muito equilíbrio. 
És um espírito de muita luz... 
Todos que te conhecem são tão felizes!
Nós temos que agradecer sempre enquanto estivermos vivos. 
Tens ajudado muitos jovens, especialmente, a encontrar o seu caminho. 
Por isso a minha homenagem a ti. 
Estou a falar de quem? 
Da Sãozinha de Alenquer. 
E aqui dedico o meu amor, humildemente: 
Sãozinha, minha luz, minha guia, 
aqui estou, humildemente, a agradecer por tudo o que tens feito por mim 
e por muitas intercepções espirituais com os jovens, e também menos jovens.
E muitas crianças nasceram sobre a tua protecção.
Rezo, escrevendo o quanto amo este espírito de menina,
onde seus olhos verdes sempre estiveram em nossas vidas,
assim como o seu sorriso...
A igreja diz que não és Santa, 
mas o povo diz que o és por tantos milagres que tens feito...
Sãozinha, peço que continues. 
Obrigada! 
Força invisível, visível, transparente... 
A tua presença invisível é tão transparente em mim que ilumina o visível, 
tornando-te invisível... 
A tua presença infinita que envolve a minha vida... 
Vivo por ti, vivo para ti. 
Sorrio, choro por felicidade, 
porque és a minha Sãozinha de Alenquer!

sábado, 18 de maio de 2013

África Minha

 
Quando nascemos não escolhemos o local, a raça.
Isso cabe à mãe e ao pai, 

mas, também, ao rebentar das águas, por vezes antes do tempo. 
Mas o local onde nascemos marca muito qualquer ser humano.
Apesar de nós estarmos a viver em outras terras,
e não naquela onde nascemos, conheço um pouco o mundo, 
porque viajo de dois modos...
De corpo e muito de espírito.
E isso traz-me as memórias de uma vida.
Hoje, vou dedicar-me a uma terra a que chamo...
África Minha!
Não, não é o nome de um filme, mas é o filme de uma vida,
de muitos seres humanos a quem chamamos de amigos.
O cheiro da terra queimada é uma das características de África Minha, 
neste caso, Moçambique...
Essa terra de cheiros, de magia, de vida, de luz, 

de muita cultura, de habitação... palhotas,
a comida... mabajdia, canho, caju... 
os machimbombos, a praia do Bilene, Catembe, Tofo,
Inhambane, Costa do sol...
São recordações, ou memórias, que por mais anos que vivamos 
estão sempre no nosso coração... no nosso mundo.
Tenho grandes amizades em Moçambique
e quando chega o anoitecer as imagens saltam na nossa memória.
É o anoitecer a magia da música!
A marrabenta, mal a oiço, é o bater do pé e o gingar do corpo...
Beber uma laurentina, uma katende...
África Minha é a lembrança de liberdade, de mistura de raça africana.
Ensina-nos a viver a vida com liberdade de expressão.
O racismo existe na cabeça de cada um, pode ser negra ou branca,
mas não encontramos esse racismo...
Pelo contrário, a partilha das emoções de valores espirituais é o mais importante.
Conheço muitos africanos que não são negros de corpo, mas a alma é pura africana.
Moçambique é a magia de uma ilusão que nos pertence 
e traz ao nosso espírito o equilíbrio, 
o sorriso de uma lembrança de infância, onde as cores são intensas,
como a paz da nossa alma!
África Minha...
É a embriaguez pura de uma vida pura,
onde a sinceridade não é posta em causa.
É como lembrar a canção dos meninos à volta da fogueira,
é como os três mosqueteiros, todos por um e um por todos...
Assim é viver em África Minha!
Kanimambo,
Maningue Kanimambo!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Câncer



Era uma vez um lobo mau e os três porquinhos.
Todos nós não gostamos do lobo mau porque representa o mal.
Foi o que aprendemos na nossa infância. 
Na realidade temos também o lobo mau sempre a perseguir-nos 
como, por exemplo, a nossa consciência, o passado, as acções, palavras... 
Câncer...
Pois é isso que, hoje, vou falar. 
A palavra câncer é o lobo mau da nossa vida e da sociedade.
Nós não escolhemos o câncer, mas ele é que nos escolhe a nós.
Porque muitas vezes somos presas fáceis, por vários motivos, 
como a depressão, como doenças hereditárias
e por vezes, formas de vida muito difíceis... de muito trabalho, ao sol, à chuva.
Quando estes lobos maus aparecem nós tentamos, muitas vezes, 
arranjar meios de fugirmos e aqui entra a história dos três porquinhos...
O primeiro fez a casa de palha... 
Não damos importância aos sintomas que temos
e automedicamo-nos para facilitar a dor...
O segundo construiu a casa de madeira...
Ou seja, os medos já começaram a pesar mais que a dor 
e começamos a ponderar se facilito ou não.
O terceiro porquinho construiu a casa de cimento...
Ou seja, ao primeiro sinal foi logo ao médico 
e ainda foi a tempo de curar este câncer.
O primeiro e o segundo porquinho, por vezes,
pensamentos, automedicação e as comparações de doenças das outras pessoas 
levam-nos a rir do terceiro porquinho que preferiu construir algo mais resistente 
para ter em termos de futuro...
Ter segurança e qualidade de vida.
Aqui está estampada, nesta história infantil, 
o retrato fiel do que acontece na vida real.
A palha é o fogo de vista.
A madeira é o que faz de conta. 
Porque em ambos, o vento, a água, o fogo destroem tudo,
como há vários tipos de crancro
e quando ouvimos falar pensamos que só acontece aos outros. 
E quando entra na nossa vida não sabemos como reagir.
Aqui o meu apelo:
Não se agarrem à doença, lobo mau, porque ela mata.
As novas tecnologias, nesta nova geração, é a cura de muitos câncer
Não tenham medo!
Lutem!
Existe quimioterapia, existe a radioterapia, as operações... 
Deixem-se levar por estes Anjos da Guarda de muita Luz!
Construam casas resistentes! 
Protejam-se!
E não deixem que vos mate, antes da morte aparecer. 
Enquanto há vida, há esperança! 
O câncer cura-se.
A dor da alma... é o câncer que mata.
E pela vida fora continuamos a contar histórias infantis com finais felizes.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Negócio da Fé



Há muitos e muitos anos ouvimos falar do 13 de Maio.
Acontecimento dos 3 pastorinhos 
que do anonimato tornaram-se em estrelas de Hollywood (igreja).
Sim, porque a igreja neste momento é um teatro da Fé.
Tenho respeito pelos três pastorinhos porque sempre ouvi desde que me conheço 
e sempre respeitei a igreja que fez destas crianças algo misterioso ou oculto.
Ficou Lúcia, ainda viva, vários anos, mas enclausurada, 
onde nós nunca ouvimos falar dela a não ser quando autorizada.
A irmã Teresa de Calcutá andou por todo o terreno 
e acredito que a Fé é o caminho do bem que percorremos.
Enquanto isso, a irmã Lúcia continuava enclausurada... Pergunto, se por opção.
Estas crianças eram pobres e naquela altura tudo o que viesse era muito bom.
Respeito a Fé por Jacinta, Francisco, mas não aceito o negócio.
Existem tantos milagres de outros santos que não são da igreja, mas do povo. 
Pergunto, quem faz o milagre... 
A Fé de cada um de nós que é transmitida através do amor ao próximo.
Hoje, os peregrinos da Fé,
quer aqueles que vão a pé por suas promessas,
quer aqueles que cumprem promessas por outros,
quer aqueles que fazem os acampamentos para os peregrinos comerem e dormir,
também não posso esquecer a Cruz Vermelha, da sua Luz perante os peregrinos,
estes peregrinos, levam muito sofrimento com eles.
Muitos sem poderem ainda deixam o ouro, a esmola na caixinha 
e, ainda vos digo, que ao acender a vela (luz) é reciclada.
Acho um absurdo que eu quero acender a vela e não posso,
porque em Fátima a Fé é a montes...
Porque não posso pôr a minha vela com respeito e devoção que eu quero. 
Não acho certo que toda a igreja esteja protegida do sol...
Na distribuição da hóstia existam guarda-chuvas e os peregrinos ao sol.
Com tanta riqueza exposta sem respeito pelo peregrino.
Pedem respeito mas não o dão...
Não sou contra a Fé. Sou contra os excessos da igreja.
O povo ajuda o próprio povo nos tsunamis, ajuda em África...
Nas aldeias, nos peditórios é sempre o povo que ajuda.
A pedofilia na igreja que é abafada...
E tudo em nome de Deus...
E continua-se a fazer a peregrinação a Roma 
e o que vimos é impressionante que nem tão pouco se pode lá chegar...
E tenho que pagar para ver o que quero.
Será que já não paguei tudo?
Acredito que sim.
Para onde vai o ouro que o povo dava,
porque agora perceberam que a Virgem Maria não anda com ele... mas sim a igreja. 
O porquê que falo... Perante as injustiças, o povo de Fé.
Chamo Fé quando existe pureza nos seus valores.
O primeiro mandamento da lei de Deus:
Primeiro amar a Deus sobre todas as coisas,
Segundo, amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Afinal a igreja intitula-se por Deus
e as suas obras são apenas negócio, tudo em nome de Deus.
A própria igreja diz que Deus castiga.
As crianças que não são baptizadas vão para o pregatório.
Vimos que as crianças não gostam da catequese,
casamento abençoado só na igreja... Por isso temos muitos divórcios. 
Não devem fazer da Fé um negócio, por isso escrevo no que acredito...
Acredito em Deus.
Existem muitas religiões, seitas...
E se formos a ver todos elas estão certas à sua maneira e jeito.
Existe muito xenofobismo, racismo na religião, e não na cor, no poder da igreja.
Pergunto isto e Fé?
Claro que não.
A Fé é luz, tranquilidade, amor... Não burrice.
Peço que tenham Fé!
Não desistam de lutar por aquilo que acreditam.
Sejam felizes, tenham Fé!


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Traição



Palavra muito forte para qualquer ser humano. 
Tem um peso de dor, revolta... 
Porque a traição é o contrario do amor... 
Traição... Pesadelo... 
É um acordar de um conto de fadas. 
Há traição do corpo, há traição de alma. 
Para haver traição haverá, com certeza, atracção... 
É esquisito como duas palavras idênticas 
são tão opostas na vida das pessoas. 
Uma provoca dor, a traição.
A outra provoca amor físico que se chama atracção. 
A atracção leva muitos seres humanos a uma adrenalina, 
a uma provocação da dor. 
A traição é a amiga especial da solidão, 
porque todos que a sentem isolam-se com a vergonha
que alguém provocou nela.
Conheço muitos casais que traem fisicamente... 
E ambos são felizes porque não passa disso, sexo. 
Muitos ficam juntos por causa das finanças. 
Outros traem a alma, a união pura, linda, espiritual... 
E o que resta são apenas lágrimas... 
De invalidez, porque é isso que nos tornamos... inválidos. 
Então, existe a história... 
Era uma vez um casal muito feliz. 
Ele sedutor, alegre, trabalhador. 
Ela tímida, teimosa, mas muito alegre. 
Decidiram fazer uma viagem de lua-de-mel
 quando tudo se transformou. 
O que seria lua-de-mel transformou-se numa lua-de-fel. 
O desespero foi enorme... um pesadelo. 
Telefonemas, internet, skype... 
E até encontros na própria casa do casal.
Não, não foi o fim deste casamento. 
Mas foi o fim de um copo que se partiu e há que apanhar os cacos. 
As imagens continuam presentes neste casamento traído. 
Ele foi traído da pior maneira... a doença. 
Mas a imagem da traição continua nas fotografias, na internet. 
Para não esquecer... 
Para ele, para ela, a traição da alma. 
A forca Divina é muito grande 
e aprendemos que a forcça do amor é superior a estes sentimentos. 
Esta história terminou bem para este casal, 
com a graça de Deus! 
Continuam juntos.... 
Com a dor da alma... 
Assim é a traição! 
Já ouvimos falar da traição de Judas...Vendeu por 30 dinheiros. 
E Pedro traiu a confiança de Jesus ao afirmar que não conhecia Jesus.
Por três vezes o negou.
Trair amizade é dor. 
Na minha vida não tenho a palavra traição. 
Não seja pobre de espírito! 
Seja homem, mulher usem o amor em vossos corações!



quinta-feira, 9 de maio de 2013

O Circo



 


A vida é como um circo, onde nós somos os artistas principais... 
Palhaços que rimos de tudo e de todos, 
muitas das vezes por detrás de uma maquilhagem linda e...
A nossa alma chora.
Ora vejamos, quando ouvimos falar do circo 
o nosso cérebro vai, automaticamente, para a nossa infância, 
onde a recordação é muito boa. 
Quando temos 5, 6, 7 anos os nossos pais levam-nos lá
para termos as recordações do mundo da magia.
A magia do circo começa ao entardecer e pela noite fora...
Ao entrarmos as cores fascinam-nos muito, 
as palmas... a excitação aumenta 
e toda a nossa concentração do entrar pela 1° vez num local mágico... 
A embriaguez das luzes...
Os nossos pais são o nosso guia que nos ensinam tudo ao pormenor.
Começa a impaciência...
Entram os malabaristas... as donas de casa,
o equilibrista... as finanças,
o domador de animais... casamento,
o apresentador... o patrão,
mas o que eu quero mesmo... os Palhaços.
Quando eles entram começa a nossa alegria. 
Até as pipocas e o algodão doce deixa de ter sentido.
Rimos muitas vezes, sem perceber os palhaços, por ver rir os outros,
porque nós crianças não entendemos as piadas dos adultos,
mas queremos ser tratados como adultos. 
E esta fascinação é incontrolável, 
chegando ao ponto de levarmos esta imagem de palhaço para o resto da vida...
O circo!
Nós somos palhaços porque rimos de tudo 
e pomos a maquilhagem e voltamos a rir, sorrir, gargalhar...
Amo... os Dr.Palhaços, outra maneira de ser palhaço.
É de um respeito muito grande. 
Peço a estes senhores doutores da Alma, do Riso...
Dêem continuidade também às pessoas mais idosas.
As crianças precisam muito,
mas têm sempre ao seu lado um anjo da guarda... a mãe, o pai...
E estes idosos a que nós chamamos de "velhos" estão sozinho...
Os filhos não estão... muitos não têm pai, nem mãe, porque já faleceram...
Conclusão, não têm ninguém que lhes faça sorrir... apenas a solidão.
Estão à espera de uma esmola, de um valor, de um sorriso... 
Por isso quero dizer que também sou palhaço da vida
com uma pequena diferença...
Riu... a minha alma não chora,
riu... com alegria,
riu... com amor, 
riu para agradecer a vida de luz que todos nós temos. 
Façam o mesmo...
Sorriam! 
Vejam o quanto a vida se torna um circo.
Ela é o Circo da Vida!
Palmas para todos vós!


terça-feira, 7 de maio de 2013

O Baralho de Cartas



A vida é como um baralho de cartas...
E um jogo de cartas tem os reis, as damas e tem valetes....
As espadas, os paus, os ouros e as copas 
e tudo o resto é sempre o mesmo. 
Para sabermos jogar é preciso queremos 
e termos consciência que a vida é esse jogo. 
E temos que saber jogar... 
O baralho de cartas tem a sua sabedoria. 
Também é preciso termos parceiros de confiança. 
Depois, é o acreditar que desta vez vamos ganhar. 
Por vezes não acontece como nós queremos. 
Temos que estar atentos aos sinais dos nossos parceiros. 
Ou seja, a vida dá-nos: 
os reis... poder, 
as damas... casamento, 
os valetes... trabalho, 
que são as cartas mais altas, importantes, 
mas o resto... 
Os ases... o amor 
são cartas que apesar de também serem de baixo valor 
sem elas não fazemos xeque-mate. 
Quando jogamos com amor há que confiar no parceiro. 
Quando jogamos no trabalho temos que ser correctos. 
Quando jogamos com valores temos que respeitar. 
Só assim conseguimos vencer. 
Não conseguimos jogar sozinhos. 
Precisamos de ter sempre um parceiro, ou um amigo imaginário. 
Quando jogamos as cartas em crianças
é necessário termos esses amigos imaginários. 
Joguem na vida para ganhar, vencer. 
Mas não se distraiam com situações ou sinais mal interpretados
para justificar a perda de um jogo. 
Por vezes tem que ter muita paciência e... esperar. 
Se não foi desta vez vamos ter que acreditar
que vamos vencer na próxima jogada. 
Baralhem bem as cartas! 
Joguem!