sábado, 30 de novembro de 2013

O Toque

   

Um toque de Deus...
Senti o teu tocar em meus braços...
E o choro do nascimento do meu filho(a)
faz-me sentir feliz...
Um toque de Deus transformou a minha vida
e sentada na areia da praia
vejo o quanto és maravilhoso, deslumbrante...
E a perfeição do calor humano 
sentida pela brisa do mar fresca...
Levanto os olhos e a gaivota ao meu lado
dedica-me o seu cantar,
como também o bater das asas,
elevando-se no seu voo...
Assim te vejo em meus sonhos...
Um toque de Deus torna-se mágico 
e onde estás tudo se transforma... 
Apareceste na minha vida
como a estrela da manhã e não consigo ver a noite,
porque tudo brilha no Céu estrelado,
tornando-o uma imensa luz...
Um toque teu, meu Deus...
É Mágico...
Obrigado(a)!!

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A Zebra



Zebra, será um animal?
Zebra, será uma passadeira?
Será um código de barras?
A zebra é constituída por duas cores:a cor branca e preta.
O que quer dizer?
A zebra é... 
O nosso lado positivo, a cor branca, e o negativo, a cor preta...
É o nosso boletim meteorológico
ou um gráfico das emoções do ser humano,
porque é a realidade de cada um de nós...
Estamos muito, bem dispostos e sorrimos, a cor branca,
que também nos diz ensinamentos antigos que é o bem...
Também temos aqueles dias ou momentos 
em que ficamos depressivos, cansados, chatos, aborrecidos...
Conclusão, mal humorados e vemos tudo negro... aqui a cor negra...
Estas alterações do ser humano fizeram com que o homem desenhasse as emoções.
O que na realidade fica mais marcado na nossa memória é a cor negra...
Estamos a falar da Zebra... 
Ela mostra-nos também que podemos colocar
a boa e a má disposição onde quisermos.
A zebra... também como passadeira de peões...
Uma marca no alcatrão que nos alerta da passagem ou não...
Seja se queremos passar ou não, onde o livre-abítrio
é sempre nosso, de querer ou não. 
O código de barras do supermercado é uma identificação do produto
pelas novas tecnologias e, novamente, o querer ou não levar o produto. 
É como tudo na vida....
Tem o seu preço... 
Aproveito sempre a utilizar o código de barras porque, afinal,
é o bem e o mal, o branco e o preto, o sim e o não, o dia e a noite, a lua e o sol...
Estão sempre ao nosso alcance...
Temos que os saber utilizar da forma mais correcta, sem prejuízo para nós próprios....
Temos a zebra animal de uma elegância que nos ensina a fugir do mal...
O seu andar é inconfundível, mas a astúcia é de grande sobrevivência.
Sejamos como ela...
Fujam do mal, apesar de andarem vestidos como zebras...
Quem pinta...?
O branco é pintado de preto
ou o preto é que pinta as riscas brancas?


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A Melodia



Ouço a melodia...
Um cantar celestial...
Revejo a saudade,
a lembrança do teu sorriso...
A magreza de pele branca...
São cristais de neve
caídos em teus cabelos brancos,
perdidos pelo tempo,
que se confundem com o agitar 
da ondulação do encaracolado do cabelo. 
As lágrimas em teu rosto
são como bolas de sabão 
que ardem no piscar de olhos...
Pela alegria de te ver 
a melodia traz a doce aprendizagem de batutas...
Com a voz do violino encontro um tenor
que canta e encanta a melodia de Amor!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um Nome


A escolha dos nomes dos apóstolos, Lucas 6, v.12.
Jesus escolheu 12 apóstolos...
Simão que teve o sobrenome de Pedro, André e seu irmão Tiago, 
João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, Judas e Judas Iscariotes 
que mais tarde revelou-se o traidor...
Quando nascemos quem nos dá o nome são os nossos pais,
que por princípio a escolha será sempre entre os dois, pai e mãe,
para que ao chamar o nome sintam o peso da escolha do nome da criança...
Não por ser moda ou por ser a escolha dos padrinhos 
ou lembrança de alguém muito especial que partiu (faleceu)
ou apenas lembranças saudosas...
Porque a identificação justifica cada corpo 
e no crescimento, ao longo da vida da criança vai-se personalizando...
Jesus escolheu os seus discípulos e na escolha alguns escolheram outros nomes... Simão, Pedro...
Quantos de nós temos um nome e não gostamos...
Por exemplo, Teresa Paula, chamamos só Teresa porque não gosta da Paula...
Pedro Miguel fica só Pedro...
O Miguel até é esquecido durante muitos anos 
e só mais tarde alguém pergunta o nome completo e até acha engraçado 
e começam-no a chamar de Pedro Miguel...
Para nós espirituais a alma não tem nome, mas como temos o corpo 
e na sociedade em que vivemos tudo tem identificação,
ou seja, somos um chip identificado, peço que se identifiquem...
Um nome...
Já com a vantagem da nova tecnologia e a permissão de se escolher o que se quer...
Um nome é um passaporte para um caminho que o espírito escolher.
Se por exemplo, Elvis Presley, porque gosto do músico e da música,
não quer dizer que a criança seja músico, ou seja, faça o caminho da música...
Temos o caso de Eusébio...
Quantos nomes em sua homenagem e são rostos incógnitos, desconhecidos na sociedade.
Cada um é como cada qual...
Ninguém é como, evidentemente, dizia o Parafuso em Moçambique...
Peço que escolham os dois em conjunto e com muito amor
para que o chamamento seja desse amor, harmonia, alegria da lembrança que os uniu... 
O bebé não é uma coisa e não há nomes kármicos, porque não quero acreditar...
Há nomes que marcam pela diferença que se chama Amor...
Um nome...
Para mim, papá!
Para mim, mamã!



segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Pequeno Polegar




Esta história infantil já é muito antiga, contada pelos avós 
e pais e nunca nos cansavamos de ouvir...
O pequeno Polegar nasceu de um casal de lavradores que tinham sete filhos.
Eram muito pobres ao ponto de não saberem como os sustentar.
Até que um dia o pai lavrador disse para sua esposa:
"Tenho uma ideia para que os nossos filhos não morram à fome...
Vamos deixá-los no bosque... Pode ser que alguém os encontre..."
Não sabia ele que o pequeno Polegar estava a ouvir esta conversa.
Assim o disseram assim o fizeram...
Todas as crianças choravam, mas o pequeno Polegar dizia:
"Não tenham medo! Vamos deixar cair umas pedrinhas brancas 
e assim sabemos o caminho de regresso para casa..."
E assim aconteceu...
Quando lá chegaram a mãe estava lavada em lágrimas, 
arrependida por ter permitido que o seu marido os tivesse abandonado no bosque.
Mas a vida deles era realmente muito difícil...
E o pai, mais uma vez, voltou a abandoná-los no bosque.
Mas desta vez o pequeno Polegar deixou cair pelo caminho raminhos,´
que os passarinhos acabaram por utilizar para os seus ninhos,
e, por isso, ficaram perdidos no bosque...
Andaram, andaram tanto que, já cansados, 
encontraram uma casa e pediram que lhes dessem abrigo.
A senhora, muito simpáticam acolheu-os, 
mas cedo perceberam que era a mulher do gigante que os queria prender.
O pequeno Polegar, mais uma vez, protegeu os seus irmãos 
e fugiu com as botas mágicas do gigante que não andavam,
mas voavam e voaram até ao palácio do rei 
que ao vê-los decidiu fazer do pequeno Polegar o carteiro real.
Assim, conseguiu ter a família reunida e ajudar os pais e viveram felizes para sempre...
Todas as histórias infantis têm um final feliz...
Pergunto, posso também ter eu a minha história de vida feliz?
Sim, claro!
A astúcia do pequeno Polegar para tentar resolver todos os problemas, 
sendo ele uma criança, porque é que nós, adultos, não a temos?
A comodidade, o vitimizar-se, a lamentação, etc....
A vida mostra-nos as pedrinhas para poder voltar e analisar todas as situações,
assim como também o inverso...
Ou seja, quando pensamos que é o mais certo na altura,
acaba por ser o mais fácil e sofremos as consequências das nossas facilidades...
Realmente a vida é para ser vivida de acordo com os nossos princípios,
correcção, lealdade, sinceridade e partilha...
Com valores humanos conseguimos progredir e realizar todos os nossos sonhos...
Para chegar a esta etapa da vida somos sobreviventes, rostos desconhecidos,
esquecidos de memórias, embora a lembrança por vezes perdida desses rastos...
Os raminhos desapareceram magicamente e perguntamos porque me aconteceu.
Circunstâncias alheias a nós...
E ainda não contentes aparece um gigante a maltratar-nos,
ou melhor dizendo, somos recebidos com muita simpatia,
mas depois cobram-nos um preço alto, ao ponto de entrarmos em depressões 
porque julgamos que o erro é nosso, mas sobrevivemos...
A nossa capacidade de vida é muito grande, gigante...
Saibam utilizá-la sem desperdiçar com pequenos nadas...
Encontrem o vosso caminho com alegria, amor e muita força, muito querer...
Acreditar, principalmente...
Todos nós somos e temos dentro de nós um pequeno Polegar...

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A Almofada

 

Companheira de ilusões e desilusões,
onde me agarro e me entrego, como a mais ninguém faço...
No descançar o peso do corpo 
e no tentar adormecer o cérebro de vidas passadas, como presentes, 
enxugamos as lágrimas pela alegria, pelos dessbafos,
como a tristeza dos dias chuvosos...
Onde, eu e tu, somos companheiros(as) de quarto e de cama...
A solidão reclama a sua presença,
como quem está ao nosso lado, feliz... 
A luta começa aqui e o sono,
por mais agitado que esteja, estás em minhas mãos...
O meu rosto colado a ti e a maciez da fronha lavada e perfumada
traz de volta os sonhos acordados,
Como também o contar dos carneirinhos 1,2,3,4, ...
E tudo passa por magia da noite para o dia...
Oiço a música agarrada a ti 
com lembranças da imagem de infância, 
desenhando entre a leveza das penas,
como as gargalhadas da criança rabina...
És o centro do meu equilíbrio, do meu repouso,
do meu sono, dos meus sonhos...
Estou a falar da minha almofada,
minha companheira de tantos anos...
A ti ...
Aguardo, ainda, a minha primeira almofada...


Silêncio Falado



Senhor, em oração te peço...
No diálogo converso e no silêncio escuto a minha alma...
Falo entre as tuas mãos, abençoadas pelo calor da vida, 
chorando no teu colo, no teu regaço,
pelo abraço forte da saudade...
Senhor, caminho em tua luz consciente do dia e da noite...
Sem trocar o olhar, apenas te revejo
no amor sentido de gratidão de alguém 
leve e solto, perfumado... 
Esperança de transformação...
Uma metamorfose animal...
É o colher da flor com cheiros a terra,
águas que deslizam entre nuvens,
caindo como grinaldas de noivas...
Senhor, em teu ombro repouso
o meu descançar de consciência na lembrança de criança...
Brinquedo perdido algures na vida
e na vida balões de oxigénio dão arco-íris
ao sorriso maroto, vencedor de fortes ventos...
Senhor, leva-me contigo...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Destino



Destino desencontrado, 
cruzado apenas por uma linha,
onde a distância se encontra no viver...
Palavra sentida, 
vivida num deslumbrar de afectos 
descontrolados pelo abraço perdido...
Num chamamento religioso,
onde me penitencio sobre o meu corpo, 
ajoalhado(a) a teus pés...
Rogo-te, destino, 
que me leves por esse mar imenso...
Por essa floresta dentro, onde o sol ilumina...
Trilhas marcadas pela força do peso da vida...
São caminhadas percorridas pelo sorriso...
É um lavar de alma, em cascatas de lágrimas,
em transformações no vestido de noiva...
Onde o cantar da cigarra traz o fumo do vulcão...
O medo do fumo, do queimado...
Suja as mãos com cinza, 
desenhando na tela o retrato a carvão
da palavra destino...

domingo, 10 de novembro de 2013

O Arrependimento



Arrepender é uma das palavra que mais se utiliza nos dias em que vivemos...
Na nossa educação ensinaram-nos a não nos arrependermos de nada do que fazemos.
Sim, porque o arrependimento é sobre um passado longínquo,
ou presente mas sempre passado... 
Ouvimos dizer muitas vezes, 
se eu soubesse o que sei hoje não teria feito o que fiz...
Estou tão arrependido(a)...
Tudo na vida tem o seu momento próprio 
e se naquela altura achámos que estávamos certos
e consciosamente era assim, o tempo passou, o tempo é outro 
e o nosso amadurecimento de vidas também é outro...
Quando tinha quinze anos estava correcto o que fazia.
Hoje, claro, não se justifica fazer o mesmo.
Estou arrependida(o) de não ter vivido mais...
Estou arrependido(a) por não ter ajudado...
Estou arrependido(a) por por ter feito o que fiz...
Estou arrependido(a) de não ter estudado mais...
Se não o fiz, ainda estou a tempo para o fazer.
Não tenho que me arrepender porque ainda posso corrigir o erro...
São frases feitas onde não se pensa no que se diz, depois arrepende-se...
Arrependo-me de não ter feito mais...
Mas então não é arrependimento é um exame de consciência,
onde ela nos cobra por aquilo que não fiz e poderia ter feito mais...
Na palavra arrependimento a emoção é sentida na nossa consciência
e esse sentimento vem de dentro para fora.
De que vale dizer estou arrependido(a) da boca para fora
se os meus actos continuam a dizer o contrário...
Sim, o arrependimento das palavras e das acções são irmãs gémeas 
que não se podem desligar umas das outras.
O que quer dizer que se existe realmente o arrependimento
vemos mais as acções/palavras e vice-versa.
Em S. Lucas, 17, Jesus diz, se um irmão diz para o outro estou arrependido, 
perdoa-lhe setenta vezes sete.
O discípulo respondeu, aumenta-nos a fé... como posso estar sempre a perdoar,
não estou a educar mas a criar más educações
porque está sempre a cometer o mesmo erro...
Onde está o arrependimento?
Será que sou eu o errada(o)... estou errado(a)?
Sim, em muitos casos fazem-nos acreditar o contrário. 
Então, onde está a minha consciência e dignidade?
As cadeias estão cheias de pessoas arrependidas, 
mas quando saem de lá voltam novamente a fazer outros ou os mesmos crimes...
Também dizem, estou arrependido de matar a minha mãe,
mas já matou e o arrependimento não a traz de volta,
apesar de saber que há casos e casos,
onde a mente naquele momento não se consegue controlar... 
Fazem-se muitas coisas nesses momentos,
mas já se deram, de antemão, sinais que nós não vimos...
São actos de desespero, atitudes naquela hora...
Mas todo o controle vem da mente, o arrependimento vem da alma...
Na vida há o viver, o morrer...
Sintam, mas não vivam no arrependimento... 
Vivam de consciência tranquila... 
Mostrem com a vossa dignidade, honestidade e sanidade mental
que nunca se arrependeram do que não fizeram...
Ainda estamos a tempo de o fazer...
A vida é feita de escolhas...
Escolha a vossa...


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Boneca de Trapos



Olá!
Sou uma boneca de trapos...
Fui criada pela minha mãe que era muito pobrezinha,
mas como éramos muitos filhos ela tentava agradar a todos por igual.
Chamo-me Lulu!
Fui feita com restos de tecido (a que chamamos de trapos)
e cada membro do meu corpo tem a sua cor padrão.
Sou muito flexível...
Posso ser muito grande como muito pequena,
de rosto claro como negro, porque o resto depende do tecido.
Mas como boneca de trapos que sou tenho a minha beleza,
porque também a beleza existe nas pequenas coisas...
O feio torna-se bonito quando amamos...
O gostar é gostar de algo... sapatos, calças, livros, carro, coisas...
Amar é amar o ser humano... mãe, pai, irmão, namorado, marido...
Amar é um sentimento, uma emoção...
Eu, a Lulu, uma boneca de trapos represento para alguém um valor emocional,
um gostar, um significado, uma lembrança de algo na vida de alguém.
Sou desejada pela minha insignificância porque pertenço a um mundo de dificuldades
e essa lembrança trás de volta o meu mundo adulto
que apesar de ter sido doloroso fez e continua, até hoje, a fazer-me sonhar...
Tenho cabelos de lã, cara redonda, olhos grandes 
e uma boca pintada de vermelho, sempre com um sorriso...
Aliás, todos nós temos sempre um perfil muito idêntico uns com os outros...
Sou uma imaginação desta mãe sobrevivente, de um mundo angustiante,
onde há a necessidade de sonhar...
O sonho comanda a vida e é muito triste quando deixamos de o fazer...
Todos gostam de mim, andam comigo ao colo...
Tenho muitas mães, também porque têm pena de mim, coitadinha...
Para a cabeça dos seres humanos estou sempre desprotegida...
A alma do humano tem necessidade de proteger o que está desfavorecido...
O instinto fala mais alto quando se trata de um ser mais fraco. 
Mas sou considerada uma boneca como tantas outras.
Não de porcelana, porque essas estão sempre guardadas em cima do guarda-roupa...
Posso andar sempre suja, mas tenho a vantagem de andar de mão em mão... 
Não saiu para passear...
Sou apenas uma boneca de trapos e o feio escondemos... 
Lulu tinha uma amiguinha muito gira, mas de diferente classe social.
Todos lhe chamam de Barbi.
Barbi princesa, barbi esquiadora, barbi cavaleira, etc.
A palavra barbi estava sempre ligada a alguma actividade, nunca estava só...
Um dia por força do destino cruzámo-nos na rua,
enquanto uma das donas olhava a montra, e aproveitámos para falar.
Perguntei-lhe porque estava tão triste e com lágrimas nos olhos...
Sim, sou uma boneca...
Não tenho alma, mas os humanos têm, respondeu-me.
E antes gostava tanto de ser como tu, Lulu...
Apenas uma boneca de trapos,
porque todos te podem pegar ao colo, brincar sem medo de estragar
e eu sinto-me sozinha, cada vez mais num mundo de solidão...
Pensei para comigo...
Como sou tão feliz por ter sido criada por uma mãe, e não por uma fábrica...
Tenho o meu registo personalizado...
Afinal eu tenho vida...
Sou a Lulu rodeada de afectos, desabafos, ternura e muito amor...
Sou um sonho de criança...
Esta lição entendeu Lulu: nunca devemos deixar de ser quem somos...
O importante é o ser e não o fingir que somos...
E todos gostam de nós porque somos assim...
Apenas bonecas de trapos...
Lulu...

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O Cemitério



Um local de culto ao corpo, à memória de alguém que nos diz algo...
Para alguns é muito doloroso pela dor 
da perda de sentimentos com ligação familiar e emocional...
Os ricos, os pobres, o negro, o branco, todos nascemos e morremos 
do mesmo modo e a morte é a continuação da vida...
Estamos a falar de cemitérios, para mim lugar de respeito,
mas também posso dizer de exibicionismo,
onde vemos o poder económico da terra...
Claro, também um local de amor, harmonia, como também de racismo...
Se espiritualmente somos luz e se somos todos iguais, qual é a diferença de alguns?
Ou seja, os ricos ou melhor os mais favorecidos são sepultados nos seus jardins,
têm o seu próprio mausoléu nos seus castelos, também em igrejas...
Se vou aos cemitérios, não...
Faço a visita enquanto vivo e faço a veneração que tenho por alguém 
que faleceu no meu coração com amor, alegria e paz...
Se vou ser sepultada(o), cremado(a)...
Não, o corpo é apenas corpo...
A ciência precisa... um bem necessário...
O nosso povo, ou melhor a educação com que vivemos, não está preparado...
Existem muitos preconceitos...
Precisamos do corpo para venerar o morto para fechar um ciclo...
Temos o caso dos pescadores, dos desaparecidos, etc...
Mas pedi, dar-se-vos-á...
Buscai e achareis...
Pois todo o que pede, recebe e o que busca, encontra...
(S. Mateus, 7)
Se semearmos agora não será na minha geração que receberemos,
mas sim filhos, netos, bisnetos, ou até vinte anos depois...
Como canta José Cid, há muito, muito tempo...
Vinte anos mais tarde encontrei-te por acaso numa rua da cidade.. 
Já a ciência evoluída trará a cura para todos eles...
Para muitos casos da medicina...
Pensem com carinho...
Em S. Mateus, 23,v. 24-29, 
ai de vós hipócritas que sois semelhantes aos sepulcros caiados: 
por fora parecem formosos, bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos,
de cadáveres de toda a espécie, de podridão, que adornais os monumentos...
Nós adoramos a pedra mármore, porque a utilizamos muito.
Além da campa ainda a enfeitamos com imagens em pedra, fotografias, flores
e também existem religiões que levam um bom banquete... 
Ao colocar a pedra é para ter a certeza que não sai dali, está seguro.
Isso é o que pensamos, infelizmente...
Porque o espírito é luz...
Vamos viver com liberdade, em liberdade...
O dia de todos os Santos é o dia de todos nós, espíritos...


sábado, 2 de novembro de 2013

O Passageiro



De passagem encontrei o passageiro...
Viajante do mundo...
Queria trocar a vida, de lugar,
mas a penosa responsabilidade não o deixou.
Apertou o cinto...
O medo começou a borbulhar
e entrou em convulsões de ansiedade e paranóias
que levaram a chocar as nuvens uma contra a outra...
E o sol brilhante espreita pelo buraco da imaginação
e fica paralisado com o levantar e o pousar do voo...
E no bater de palmas...
Alegria nos seus olhos
de ver a luz ao fundo do túnel,
onde anjos o conduzem para um equilíbrio
de paz e tranquilidade neste seu mundo espiritual...
Mas o tempo chama por si...
Elevou a sua alma a um mundo de luz
e de passagem...
O passageiro canta o musical celestial,
numa harpa de harmonia de um maestro Divino...
Bailando em pontas pela vida fora...
Estou de passagem...
Sou passageiro...