quinta-feira, 30 de maio de 2013

Operação Relâmpago



Operação relâmpago poderia ser um nome de código policial, mas não é.
É a imagem que todos nós desejamos quando estamos numa cama do hospital. 
Que tudo passe como um relâmpago, mas que não queime ou magoe.
Nós, seres humanos, necessitamos muito dos cuidados médicos, 
e cada vez mais nesta geração,
onde desde criança começam já com estes cuidados. 
Os antigos bebiam a sua pinguita e o seu xiripiti, bagaço, aguardente,
e diziam que era o mata bicho.
De criança bebiam o vinho ou faziam as sopas de "cavalo cansado" 
que era o vinho com pão e muito açucar 
e diziam dar muita estaleca, força.
E assim sobreviviam anos e anos sempre com estes produtos 
que eram a força, fruto da natureza. 
Não havia bicho que entrasse...
É a expressão que usavam estes velhos de grande riqueza e sabedoria.
Nós, hoje, vemos muitos jovens também a beberem e condenamos. 
Não sei o porquê...
Os antigos bebiam vinho, aguardente,
porque não tinham posses monetárias para alcançar outro género de bebida 
e também não havia tanta variedade. 
Os nossos jovens já vêem os pais a consumir 
e, a necessidade de se afirmar perante tantos outros jovens, 
bebem desde os 9 anos.
Aos 13 anos já estão craques e aguentam bem a bebida.
A fartura é grande de bebidas brancas 
e o levar para as escolas para conviver com os colegas
é a realidade desta adolescência...
Por vezes entram em estado de coma... 
Os pais, por vergonha, escondem 
e, então, quando chegam aos hospitais e ficam internados,
a vida passa como um filme 
e a avidez de sobrevivência e modicações é tão grande 
que desejam a Operação Relâmpago.
Já ouviram falar de uma luz ao fundo do túnel?
Não, não é o comboio num túnel,
mas sim, a passagem do espírito para uma nova visualização de vida. 
Deitados numa cama do hospital conseguimos ver e sentir, 
ao pormenor, toda a nossa vida...
O desejo de sair é tão grande 
que mesmo que passe o relâmpago por nós não sentimos a dor de nada 
pelo prazer de estar bem com a vida.
E nunca mais será a mesma... 
Por tudo isto é importante que nós façamos a operação relâmpago, 
sem estarmos em hospitais,
porque ela pode ser feita pela nossa mente.
Não tenham medo!
Façam enquanto é tempo!