quarta-feira, 5 de junho de 2013

Motards



Hoje escrevo para uma liberdade.
Sim, porque todos os motards adoram a liberdade.
Ao longo da vida tive sempre um sonho... a mota.
O tempo foi passando e o sonho mais distante. 
A vida ensinou-me que todos os nossos sonhos se realizam.
Basta querer e acreditar. 
Ao fim de muitos anos consegui tirar a carta
e comprar a minha Honda Custon. 
Fiquei tão feliz! 
O medo era enorme de conduzir mas o sonho era maior... 
Tinha que continuar vivo...
A sensação de liberdade, de amor é grande.
Pego na minha Honda Custon com todo o amor e carinho,
mas muito mais respeito por ela, pela estrada, pela condução, pela vida.
E agradeço a quem teve tanta paciência 
e dedicação a ensinar-me a conduzir.
Quando ando nela a minha mente, o meu espírito vagueia pelo mundo. 
Existe um paraíso, um céu... 
O meu é conduzir a minha mota. 
Cada estrada que ando é uma bíblia sagrada, 
porque todos os caminhos são percorridos com uma canção celestial. 
O seu roncar é um cantiga nos meus ouvidos.
O seu roncar é mais lindo do que qualquer barbi que passe na rua. 
É um virar de cabeças para ver passar a minha princesa.
Eu e Deus... 
É o mundo... é a condução... 
É a liberdade... 
As vestes são próprias e com muita protecção. 
É a sua própria identificação. 
Não, não tenho tatuagens, 
mas tenho tatuada na minha alma a mota, a liberdade,
a velocidade com regras e respeito.
Muitas pessoas dizem que as motas ou os motards são irresponsáveis. 
Aqui escrevo de alma e coração, em como todos nós que andamos nas estradas,
se não cumprimos as regras, todos nós, então, somos irresponsáveis. 
É um meio de transporte económico e fácil de conduzir,
mas quem ama a mota é livre. 
Eu sou motoqueiro(a) porque utilizo o motor da mota para arrancar 
e roncar na minha vida.
Viva com liberdade, andando sobre rodas!
Eu e a minha Honda Custon na estrada da vida...