Valor...
Quanto valho?
Tenho tanta pena que seres humanos,
a quem chamamos de pessoas, gente,
ou até pelo próprio nome António, Francisco, etc,
julguem correcto a avaliação que fazem...
Quanto custamos, ou melhor quanto valemos,
qual o valor que fazem de nós...
Sim, porque é disso que escrevo.
Nós somos avaliados pelo estatuto, pelo dinheiro, pela posição,
como também pela diferença de cor...
Todos nós já ouvimos falar no Tio Patinhos,
um desenho animado muito antigo,
onde ele era um forreta extremo.
O que girava à volta dele e em torno dele era o cifrão, euros.
Não havia sentimento...
Apenas o prazer de mergulhar na piscina de dinheiro que ele criou.
Vivia obcecado pelos irmãos metralhas com medo que roubassem o seu valor.
Será que ele tinha algum valor?
Já naquele tempo o seu criador projectou, a longo prazo,
aquilo em que o homem se ia tornar...
Donald e os seus sobrinhos são os que trabalham para ele,
tentando desculpar o que já sabiam do seu Tio Patinhas.
E a história é sempre a mesma, um ciclo viciante...
O valor do dinheiro é superior ao valor sentimental.
Nós somos coisas apenas para julgar.
Temos um preço...
Nascemos sem nada, nuzinhos...
Morremos sem nada (também quem nos veste são os outros)...
Aqui se mostra que no nascer e no morrer somos iguais.
Sejam humildes!
Sejam ricos!
Todos nascemos do mesmo modo.
O morrer depende do Tio Patinhas...
Cada um tem o seu valor em honestidade, em respeito, em trabalho, em verdade...
Não em julgar quem eu sou, de onde venho, se sou de cor,
se vivo na vivenda ou na tenda, ou até no meu céu.
O importante é a essência de cada pessoa.
A Luz...
Por agora deixo-vos com uma pergunta:
Quanto custa?
Diga o valor, por favor.