Mão transparente...
Mão invisível...
Mas presente...
Mão invisível...
Mas presente...
O sentir é intocável, como veludo...
Como beber águas da fonte...
Pela mão de Deus...
É o nascer do sol... e dias de inverno...
Onde o faiscar do trovão cai em terra seca...
Onde a mão de Deus
rega campos de milho...
Onde o olival escorrega azeite em nossos pratos,
saboreando um prazer temperado...
É um levar as crianças ao colégio...
Onde avós jogam cartas, à sueca...
A espera de um sorriso fértil da chegada do neto!
A mão de Deus no embalo da vida...
E a penumbra da noite, calado...
Pelo silêncio falado,
murmurando e jurando amores eternos...
Fidelidades partidas...
Onde alianças desgastadas pelo tempo
se transformam em dinossauros pré-históricos...
Na Mão de Deus nasceste, viveste...
A Mão de Deus...
Nos momentos de maior alegria senti...
A Mão de Deus...