terça-feira, 17 de setembro de 2013

Rosto de Ninguém



Rosto sujo pela desgraça de um alguém...
Famílias estragadas de uma pobreza...
Onde a terra é soberba...
Como se trata de algo maravilhoso,
grãos castanhos, café...
Olhos apagados, e o queimado da pele
e um mendigar de amor...
Onde a mãe já morta pela dor, pela fome...
Pai ausente...
Apenas um rosto sujo, esquecido...
Uma guerra sem fim,
uma imensa planície,
onde nos banhamos nas praias secas
do tiroteio dos homens...
Sou um rosto sujo,
perdido na multidão...
Para encontrar a verdade
desta minha sujidade...
Rosto de ninguém ...