A auto-estima é um pensamento construído
pelo nosso cérebro, negando a imagem.
A imagem é projectada pelo olhar, o pensamento rejeita-a
e entramos em conflito entre o bonito, o perfeito,
a insatisfação e a carência escondida pela timidez...
Geralmente, quem sofre desta doença da alma são actores, actrizes,
ou seja, são artistas incógnitos sempre na esperança das palmas...
O teatro deles é um espelho escondido pelo silêncio...
A peça de vestuário é uma peça de teatro
que precisa da aprovação da arte...
A pintura, os cabelos, o corpo delgaçado e interessante
aos olhares masculinos tornam-na uma sedutora, felina, vencedora...
Tudo isto num mundo imaginário construído por pensamentos
delirantes e muitas vezes masoquistas, um misto de contradição...
Os olhos buscam, um olhar procura, a mente fabrica
palavras e sorrisos imaginários de bocas mudas,
desenhando lábios vermelhos...
A auto-estima requere cuidados psicológicos...
Mais tarde torna-se do foro psiquiátrico,
não pela doença, mas pela dor, pela tristeza perdida em clausura...
Preciso que me digam que sou bonito, que estou bonito para sorrir...
Acho normal porque a vaidade existe,
mas os excessos competem entre a vaidade e a auto-estima.
Todos os seres humanos são lindos...
Uma mãe a dar à luz olha para o seu filho e diz,
o meu filho é tão lindo!
Logo, somos os seres mais lindos do mundo
pelo brilho do amor, respeito, pela verdade e humildade...
São estes os valores que levantam toda uma vida, a auto-estima...
Vivam sem brigarem, sem competirem com a vossa beleza,
a beleza da alma...