domingo, 31 de julho de 2016

A Cigarra e a Formiga






Cigarra  sobrevoa a terra
Como políticos no parlamento
Ninfas  que nascem
Nas palavras 
Sugando  a seiva da mente humana
Raízes  alteradas pelo comportamento
Num cântico de melodias esgotadas
Ouvidos pelo remoer
De estômagos revoltados
Digestões  camufladas
Por cadáveres abusados
No uso do  poder de  seus cantares 
Metamorfose  comum de rostos
De boca em boca
Cantam ao desafio 
Cantares escondidos
Na falsa liberdade
De esperança  no renascimento da força da vida
Presença mística no disfarce marcante do seu som...está  ali uma cigarra
A formiga...
Panóplia  de raças
Reinados de fecundação
Na perda de suas asas
Obreiras   com segurança
Formigueiros complexo de subterrâneos
Trabalhados em plantações alimentando restos humanos
Surdas , corrigem ordens superiores  ao seu peso frágil
Politicamente correta
Fazem carreira profissional nas obras sociais
De um povo obediente
Do comando político
Comício de mantilhas
Rangeres de amor
Por um afago teu
Que por ser tão insignificante
Passo transparente ao teu olhar
Intercâmbio  de culturas
Fecho a porta á verdade
De um povo sofrido
Que sorri mesmo sobre escutas anónimas
Vozes loucas proclamam
Pautas defendidas
Nas mãos alheia á sabedoria
Politica...escolha entre o trigo e o joio
Povo...procura da agulha num palheiro
Fábulas encantadas
No mundo real
A cigarra. ....eu canto e encanto
A formiga. ..eu trabalho e obedeço

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Na palma da mão







Destino traçado 
Entre linhas de estradas
De vidas registadas
Desertos  sem fim
Vales, montes  percorridos
Sabedoria  oculta
Ciência ignorada
De almas cegas
Num presente futuro
Ganância de adivinhação
Perdida e achada na mão de Deus
Na palma da mão ....
A luz ilumina  cada pedacinho
Percorrido pelo querer
Com a vontade de amar
Encontro cruzamentos
De porquês
Resultados da paragem de vida
Encontro  o sinal proibido 
E a morte em vida
Choro antecipado
Pela pressão com depressão
E o medo voa na direção
De vazios
Carregados na corcunda  de Notre Dame
Na palma da mão...
Momentos belos
Marcam cicatrizes conquistadas
Com dignidade,respeito
De todo ser humano
Com verdade
Com amor

terça-feira, 19 de julho de 2016

O teu poema





Lugar onde vivo
Apocalipse  imaginário
Desnuda  a inocência
Guardada  no armário
Tempos que soletra
Palavras escritas na timidez
Que implora a verdade
Do teu sorriso
Pirâmides  de silêncio
Constroem  controversas
Bravuras de coragem
No pulsar da tinta
Que o mata-borrão  apaga
Dominando a força
Da tua mão
Acordada no sonho
Flutuo  na luz
Entre  o côncavo e o convexo
Espelhado na folha  branca
Menina de rosto invisível
Sorri  com  gentileza
Pelo tempo  que não tem tempo
No amor eterno

sábado, 2 de julho de 2016

Vi...







Vi o teu  rosto
E em teu  olhar
Uma  luz imensa
Numa profunda  solidão
Com emoção
Pedi em oração
O que tua alma padecia
Espreitei  a  janela aberta
Do pestanejar
Entre a cortina fechada
A porta  trancada
A chave com segredo
Das voltas da vida
Destranquei  o sorriso
Levei-o em liberdade
Só  por  um segundo
De te ter  a meu lado
Esperança  que me conduz
Agarrada  aos teus braços
E no  abraço
A palavra  ....Obrigado

sábado, 18 de junho de 2016

Palavras









São ondas tiradas ao  mar
Por vezes se tornam  revoltas
Como a espuma  de cristal
Se quebra
Se enrola
E silencia o eco
Rochedo resistente  que teima  cegar
Dureza da lonjura magoada
Por golpes de cada letra
Formatada 
Concluída pela boca
Fresca salgada
Num mar  imenso  de pensamentos 
Fecho o respirar da emoção
Contida no silêncio
Meu  peito  fixa o olhar 
Águas profundas  buscam
Espaços de clareza constante
Vidas vividas vão  de encontro  da fuga
Oceanos  transporte de
Fidelidade do meu eu
Suprema felicidade
De amar entre si
Palavras ao vento
Remoinhos  de significados perigosos
Abandonam o ego
De lábios  sussurrando
Meditação
Palavras  ...palavras

Compreendo









Compreendi  o teu  silêncio
Compreendo  o teu abraço 
Na  despedida
Ficou apenas  o teu olhar
No adeus espelhado do
sorriso
Um adeus  sem volta
Do teu corpo  quente
Pulsando  o entusiasmo contagiante da alegria
O teu  amor. ...esse  amor
Que vive  minha  alma
Com a lágrima da saudade
Um punhado de terra
Em minhas mãos
Seguro a passagem de luz
Na urna trabalhada
Do meu amor eterno
Nesta vida. ..
Fica a loucura  do louco
Prisioneiro no mundo imaginário
Contado  sem tempo para um tempo talhado
Esculpido por ideais
Mausoléu  de histórias
Entrelaçados  por  mãos
Com a força do amor
Até  sempre ...
Até  breve. ..

sábado, 11 de junho de 2016

Meu Mar







Meu pensamento  enrola na onda do mar
Deixo-me levar  pela ondulação
A espuma de cristais
Brilham  na areia
Olhares discretos
Espreitam a nuvem no além
Corações  desenhados
Na ponta do amor
Aragem  fresca leve
Embala a canção da sereia
Numa concha
Fico em teus braços
Búzios  de beijos
Encontrados  no desejo
Corro no alcance do sol
Raios de luz 
Aquecem  o  amor 
Em cada grão  de areia
Marinheiro  no sorriso
Maroto  no olhar
No adeus da despedida
Uma lágrima na saudade
No rosto distante
No mar
Fica o lugar sempre
Na espera

A Torneira








A torneira é um objeto de grande utilidade e de facilitismo na vida do ser humano.
Por volta do século XIX, Thomas Crylla criou a primeira torneira de rosca para suportar a pressão da água, regulando ou detendo o fluxo de um fluído numa tubagem, apesar de no tempo dos romanos já existiam águas encanada e as torneiras já faziam parte da decoração.
 O objetivo de uma torneira é controlar o fluxo de água.
Por detrás deste simples gesto de abrir e fechar, ao localizarmos uma torneira, há o desejo da água, há a sede.
 Tudo começa num riacho transformado em barragens, fonte de luz, canalizando cada gota para a liberdade de rituais, que por vezes se tornam em exageros, obsessões.
 Há vários tipos de torneiras, desde a mais rústica à automática, e cada um faz a sua escolha, de acordo com o conforto de economia.
 Assim é a nossa vida, uma torneira.
Transportamos dentro de nós o líquido mais precioso da humanidade, a água.
 A torneira é o corpo, a água o espírito.
Existem torneiras para qualquer utilização, tudo depende do que queremos ou como vamos utilizá-la.
 Se for para vinho, a prova da sua qualidade, sem embriaguez.
 Se for para o mel,  a doçura do paladar.
 Se for para cereais, o resguardo da fome.
 Se for para combustível, as precauções do medo.
 Há diversas maneiras de utilidade da torneira. Todo o segredo está na decisão, na força como o fazemos, podendo utilizar mais pressão ou gota-a-gota, bebericando a sede.
 A resistência da torneira (corpo) está na sua função.
 A água (espírito)  é a sabedoria na fuga da contaminação.
 A água ao ser canalizada é exposta às diversidades, ignoradas por nós com tratamentos químicos (palavras), sem filtro algum, desgastando consciências corroídas do calcário que teima viver disfarçado de sabores.
 Se por um lado temos que acreditar que a água que sai da torneira é de boa qualidade, por outro vamos comprar garrafões de água, porque tranquilizam a mente da sede.
 Vamos à fonte, vamos ao riacho e com toda a frescura da natureza junto minhas mãos em oração de agradecimento.
No meu olhar límpido de verde de esperança deixo cimentos esquecidos do pousar da varejeira.
A decisão está na força, na fé, na sabedoria, no sorriso rasgado pelo acreditar na minha função.
 Sou a torneira que transporta a vida.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Voar






Meu espírito voa
Fora de meu corpo
Encontro  a tua presença
A liberdade
Asas de imaginação
Imagens  procuradas
Encontradas num mundo
Que percorro
dentro de ti
Pouso  em cada ramo
Na montanha das emoções
Verdes  folhas de magia
Oxigénio  do respirar
Da cristalina  água
Paraíso  deslumbrante
De ventos constantes
Transformam ecos
Na resposta da mente
Voo
Na lonjura  do horizonte
De pés fixos  na raiz
Estendo terra queimada
De um fogo transparente
Na direção da...vida
Onde estou?
Ao teu lado

domingo, 22 de maio de 2016

Cartão de Crédito





A vida é como um cartão de crédito; vamos ao banco, falamos com o gerente, expomos as nossas necessidades, ele analisa a situação, metodicamente, e pergunta se nós concordamos com a entrega de um cartão de crédito com plafond X.
Consoante o nosso comportamento e desenvolvimento para a sua utilização, os valores vão aumentando.
Assim é a nossa vida; nascemos e Deus, o banco, entrega-nos um cartão para os nossos gastos na terra, uma vez que nos tempos em que vivemos nada, ou quase nada, se faz sem ele.
Pergunto, antigamente não havia banco?
Sim, havia o que chamamos de mealheiro, como também a troca por troca. Segundo as capacidades de cada um, a vida era gerida de acordo com o pensar, a consciência.
Quando nascemos não somos nós que gerimos o nosso cartão, mas sim os nossos pais ou quem fica com a nossa guarda. Somos um empréstimo de Deus.
Com o crescimento vamos acumulando valores, e a nossa personalidade é construída pelo olhar da nossa alma, que vai sendo registada no nosso chip. 
                Passamos a ter o livre arbítrio das escolhas e aqui começa a  utilização do nosso cartão: gastamos em nosso benefício ou exageramos.  Somos donos de nós mesmos, do nosso eu, ou de quem sou, sempre com fé, esperança, querendo acreditar no sonho que comanda a vida.
Por vezes, preferimos justificar o nosso exagero com o outro, alguém exterior a nós, sempre com a desculpa que não vi, não sabia, fingindo, ou melhor camuflando o erro pela desculpa, pelo perdão, troca por troca.
                Pagamos os juros, bem altos, pela falta de respeito a nós próprios, como também ao próximo.
Esgotado o plaflond a vitimização entra em acção, perdendo o tempo justificando  sempre o erro: se eu soubesse...
                A atitude e o propósito da vida ficam parados no esquecimento de quem somos, como também, a cada dia que passa, perdemos a liberdade e ficamos prisioneiros  a um passado errante.
                A sabedoria onde está?
Sim, a idade do corpo é  diferente da idade da alma. Sou novo quero ser velho, sou velho quero ter o tempo novo. A idade não tem tempo, mas sim o registo da assinatura feita por mim.
Peço uma segunda, terceira oportunidade e é-nos dada, mas a saturação do lamento fica desgastada.
No banco, o gerente toma a decisão de não aceitar mais o problema, que não é seu, apesar de sempre acompanhar ao milímetro todo o comportamento.
                O que faço agora?
                Vou buscar a minha  fé, a força de quem sou eu e tomo atitudes. 
                Sem pressa reconquisto a confiança, a alegria, a saúde mental e o milagre acontece.
O meu plafond foi aumentado pelo meu esforço.
                O cartão de crédito  é  a vida. Se a utilizarmos  bem temos benefícios fiscais, com qualidade e não em quantidade.
Deus é a minha fonte de energia, de cada partícula de vida que eu vivo, é o meu banco de Luz.
E o cartão? Sou eu.









sábado, 21 de maio de 2016

Amar ou Gostar






Duas forças
Dois sentimentos
Num só espírito
Que se cruzam num só pensamento
Diferentes ,iguais
Alma que grita a carência do amor
Amar
Continuação do gostar
De pequenos nadas construído em detalhes
Prolongamento da emoção
Trabalho cirúrgico
Correções  bisturis
Numa operação de resgate
Dreno atentamente
A composição entre o corpo e o espírito
Anatomia do estudo transpiritual
Psicadélico no olhar da alma
Rasteiras inteligente
no teclado de memórias
Gostar
Ar que respira a transpiração de todo ser vivo
Procura fungante
Milhares de partículas
Em cada tragada do teu abraço
Inalação do respeito
Respiro sofregamente  a vontade a dois
Oxigénio libertado
A longo prazo
Na cicatrização de lesões crónicas
Ar condicionado portátil
Refresca tempos de frescura
Entre a luz do espelho
reflexo instantânea
Mecanismo  involuntários a estímulos
Da resposta do teu sorriso
Gostar é amar

domingo, 15 de maio de 2016

Pensamentos

São Francisco de Assis...

Chagas feridas abertas da alma


São Jorge...

Toda a proteção  está debaixo das patas do cavalo


Santa Rita de Cássis....

O impossível è a certeza da busca




Santo Onofre...

A tua casa é uma arvore
A tua vida é a raiz escondida dentro de ti




São Judas Tadeu....

A traição está nos valores escondidos
na mão alheia




Santa Teresinha...

A pureza do lírio
É o perdão do agora





São Tomé....

A dúvida  é a humanidade do teu espírito




Santo António....

Nas tempestades
Renasce a força da Fé




Santo Expedito....

A fidelidade é a certeza da consciência



São Félix....

A boca da injustiça
São a proteção de cada olhar





São Pancrácio....

A boca fala
O que o coração esconde






São Pantaleão...

A cura é a morte
Do renascer






quarta-feira, 11 de maio de 2016

Aliança...








Duas mãos uma aliança
Duas vidas em comunhão
Trabalham arduamente
Escavando a vida
Calejada pelo sentimento
Na procura do amor eterno
Compromisso de respeito
Na liberdade do pensamento
Promessas  de sonhos
Marcado pelo nascimento
Esperança  da lembrança
Do teu olhar
Aliança
Migalhas  de loucura
Cruzam realidades  da independência
Recados  gravados do invisível
De um coração apaixonado
Confiança  alcançar a segurança
Na fidelidade  da compreensão
Aliança 
Presente  embrulhado em laços fortes
Surpresas  de sabedoria
Do fogo em chamas
Apagadas no momento
Da responsabilidade
Perante tu e eu
Diferentes  ,iguais
Na aliança do Amor

terça-feira, 10 de maio de 2016

O Peregrino









Descalça percorro estradas
Tendões rígidos pela tensão
Feridas abertas
Pela bolha transparente
De pensamentos de fé
Na procura do paraíso fiscal
Impostos  desviados
pela fuga da dor
Promessas projetadas
Na força, na esperança
Do equilíbrio da alma
Pagas no portal digital
Mesas postas de alimentos
na comunhão do queijado
Seguro a lágrima
Caída a céu aberto
Câncer de solidão
Esmagado por pegadas
Cruzamentos de gerações
Numa peregrinação emigratória
Arranco dentro de meu peito
O grito.... porquê meu Deus
Massajo a fé
Duas mãos calejadas
Rezam terços no rosário
Contas e mais contas
fechadas por bocas silenciosas
No regresso
Á Virgem Maria
A luz da vela acesa
Numa assembleia espiritual
Peço perdão...
Nostalgias soluçadas
Da chegada ao embalo de minha mãe
Cumprida a promessa
A transformação começa
No voo preso a juras
Lenço brancos  no adeus
Percorro labirintos
Na fonte bebo  a sede  da fé
Inesgotável amor
Em paz ...
Digo....Ámen






segunda-feira, 9 de maio de 2016

A Procura







Tudo começa assim...
Era uma vez um menino chamado Paulo que cresceu numa família humilde, de muito trabalho, mas principalmente, de união familiar.
Depois da ceia, tinha por costume sentar-se com a sua avó, junto do lume, a contar histórias de vida reais, dos antepassados, de gerações com tradições de muita sabedoria.
Paulo era o primeiro a comer para, depois, se sentar no seu banquinho a beber saberes e mais tarde analisar tudo ao seu modo e jeito.
Paulo tem 7anos. É inteligente, astuto, bondoso, mas a sua generosidade vai além das suas capacidades. É um menino de ouro!
Já nasceu a ouvir falar de fé, porque a sua mãe tinha grande devoção por Nossa Senhora de Fátima, como o seu pai, apesar de ser mais contido na sua devoção.
Um dia, na sua inocência perguntou:
- Mãe, o que é a fé? Posso a ver? Queria tanto conhecer Deus...
A mãe respondeu:
- Filho, a fé é o Jesus, o teu anjo-da-guarda, a Nossa Senhora de Fátima... Eles estão sempre ao teu lado...
 - Hum - pensou impressionado - ainda vou à procura da fé, porque é bom quem a tem e faz feliz.
Certa altura do tempo a sua avó adoeceu e o amor por ela era tão grande que não iria permitir que a doença a levasse.
Logo pela manhã foi à padaria para lhe darem um pouco de fé.
O padeiro voltou-se para ele contendo a gargalhada e disse: 
- Aqui não vendo fé, só pão.
Triste, mas não desistindo, foi à mercearia, ao talho, à farmácia, ao café, e até à oficina.
Cansado da resposta ser sempre a mesma sentou-se no degrau da igreja e pensou:
- Se vou buscar o leite à mercearia e já vem embalado, o mesmo para os ovos, o frango para cozinhar, o café quentinho na chávena... o remédio que cura tudo vem em frascos, o carro vem arranjado da oficina, porque não me dão só um pouquinho de fé para eu dar à minha avó, que tanto adoro? Foi ela que me ensinou tudo o que sei e sou, mas eu não vou desistir...
Uma lágrima corria no seu rosto de tristeza e cansaço quando ouviu uma voz que lhe disse:
- Porque choras, menino?
Levantou o seu rostinho, contou a sua história e o que procurava.
- Não chores, meu filho, e não a procures mais, porque já a tens...
De olhos arregalados, que mais pareciam duas estrelinhas, por serem de um verde  esmeralda,
disse:
- Onde, onde, onde está?
- Dentro de ti! - respondeu a voz.
- Não, não tenho nada, juro.
A voz continuou:
- Pelo teu amor à tua avó, encontraste Deus!
- Como? - perguntou Paulo.
A voz respondeu:
- Amarás o teu próximo, como a ti mesmo, e quem fizer o bem ao próximo está a fazer bem a si. O teu amor pela tua avó já a salvou. Vai para casa que ela está à tua espera para te abraçar.
- Espera voz, e a fé, o que é?
- É algo que tu não vês, mas acreditas no fundo do teu coração. São todos os teus sonhos que se realizam, porque tu acreditas, porque tu queres.
- Como assim, explica melhor, por favor...
A voz, pacientemente, respondeu:
- Anda cá que eu quero mostrar-te... Sabes que objeto é este?
- Um telefone, em minha casa também tenho um.
- Pega nele e telefona para tua casa e fala com a tua avó.
Paulo assim o fez e falou feliz com a sua avozinha. Quando desligou ficou pensativo, porque não entendia nada.
A voz vendo a sua preocupação disse:
- Assim é a fé... Não estavas a ver a tua avó, mas tinhas a certeza que ela estava lá. O mais importante é acreditares sempre, mesmo não vendo.
 Paulo, feliz, lenvantou-se para agradecer a ajuda, mas não encontrou ninguém.
Intrigado passava a mão na cabeça e pensava:
 - Eu não estou louco...
Correu para os braços da avó e contou-lhe o que se tinha passado.
 - Avó!
Feliz, disse:
-Tiveste uma conversa com Deus.
 Até aos dias de hoje o menino, que hoje é um homem, nunca deixou de acreditar na sua fé.
Procuramos, procuramos e a fé está dentro de cada um de nós, basta acreditar.
 
 

sábado, 7 de maio de 2016

Um Olhar...








Pequenos detalhes 
Entrelaçados de justificação
No justo da justiça
Alheia ao pormenor do olhar
Pétala por pétala
Conto histórias do nascimento
Sempre com esperança
De um dia poder colher
Vagas de tempo
Onde o tempo não existe
No perdão de teu olhar
Justiça... justiça
O quanto me obrigas
Um silêncio do meu calar
Vozes abafam lenços brancos
No adeus á ignorância fatal
Meus lábios cerram palavras de surdos
Na retina do olhar
Imagens filtradas
De séculos de histórias
De raízes tombadas na floresta Amazônica
Justiça ...justiça
Em cada olhar 
A inocência do sorriso
Da nova geração
Letras da canção
Yes We  Can...
Na fuga  do  teclado prisioneiro
Corto cobardemente
Fios condutores feridos
Do ecrã real

Mulher....Mãe







Apesar de  atrasados fica aqui a minha homenagem a toda Mulher  que se tornou Mãe
M....Maravilhosa
A...Amor
E...Encanto
Mas o sentimento  vem dentro
M....Magnifica  no respeito
U...Universo força espiritual
L...Lealdade no  sentimento
H....Humildade  no perdão constante
E....Elegância da doação
R....Rosto  um olhar
Numa  só  palavra Amor
Num  olhar distante 
Sentada  no passado
Suas mãos  levantam  o véu
Do esquecimento 
Seus  lábios se rasgam  num sorriso  ao ouvir em notas soltas da pauta
A melodia  de vozes
Palavra Mãe
Beijos doces 
Derretidos  pela lágrima  salgada
No abraço  fica a saudade   vazia 
Colo  embalado  escondido
Por  momentos esquecidos
Aonde está  meu  filho. ...
Quem és tu? !!!!
Mãe  ...sou eu




Miragem






Minha vista alcança  o que meus olhos querem ver
A mente aceita o que  a alma  sente
Fujo  com a imaginação  na ilusão de alcançar o meu desejo profundo
Navego  pela vida a dentro
Onde me delicio  profundamente  da brisa fresca em meu  rosto
Embarco  nas equações diferenciais e lineares
Onde a igualdade   tem resposta para  toda a justificação
A melodia das ondas profundas trazem lembranças 
Onde o choro comove  a fragilidade
Da miragem do futuro



quarta-feira, 20 de abril de 2016

Pedro






Nome bíblico...
Guardo as sete chaves dentro de mim
Ingênuo  ,procura constante de justiça
Da injustiça nascida no berço da sociedade
Guardião de valores
Veste  o mendigo com  a força
Enfeita a mesa  com fé
Pescador de almas
Entrelaça as redes num abraço
Percorre caminhos nos atalhos
Pela inteligência  da fuga
Numa solidão eremita
Carismático
Sorri  com a caneta
Entre um ponto e vírgula
descansa a memoria saudosista
Numa infância embalada por sua mãe
Voz  da bondade
Estuda pormenores da molécula
Na pauta de Beethoven
Escreve o nome Pétros
Rochedo firme na disciplina mental
Luz em seu olhar
Tranquilo nos desafios de crítica
Lealdade na construção de segredos
Leva amizade como furacão mosqueteiros
Gerações de fidelidade, honestidade
Deixa sempre em seus lábios a palavra ...Amor
Tímido no encanto de menino
Grita ao mundo
Yes We   Can....

domingo, 17 de abril de 2016

Chantagem Emocional







Jogo de mentes
Procura  constante da lâmina afiada
Lançamento de dados projetados pela língua
No olhar detalhado pelo erro
Choca propositadamente a emoção
No descontrolo da dignidade, do respeito
Amor vadio
Sem eira nem beira
Esmola a dependência da fuga prisioneira
Grades cerradas pela dor incontrolável
De uma lágrima caída no espaço
Palavras cruzadas
Fornecem á mente culpa da desculpa
Boca fechada ,língua molhada  pela chuva
Engulo cada gota com medo da transformação
Minha alma encontra o vento
Transparentes direção fantasmas
Violador do amor
Procura presas frágeis
Harém de espíritos caídos
Escondidos por burcas  da sociedade
Onde tudo  é normal
Com deficiência da maldade
Chantagem emocional
IRS  paga o imposto
sobre o poder  do ...Medo