Chamamos de habitação a um local onde vivemos,
onde permanecemos nús...
Sim, é um local onde nos despimos de preconceitos...
Também é o local onde fazemos a ginástica da vida,
fazemos a família, fazemos o trabalho, fazemos amigos
e construímos gerações...
A habitação pode ser grande ou pequena ou, então,
vamos melhorando consoante as necessidades...
Temos o prazer de personalizar a nossa casa,
criando o conforto para podermos usufruir.
Por vezes, temos visitas inesperadas a quem abrimos a porta
ou, então, estamos ausentes e ficamos na ignorância.
Assim é a nossa mente, uma habitação...
Na mente entra quem nós permitimos.
É uma sabedoria de incertezas...
Nesses medos deixamos entrar pensamentos
construtivos como destrutivos...
Sempre o velho lema da verdade e da mentira...
A mente é construção escolhida por nós...
Pode ser muito simples como uma habitação de grande luxo
a que poucos terão acesso.
Na simplicidade encontramos a razão, o interesse de ideias e ideais
que provocam o bem estar de harmonia, felicidade, paz...
Toda a habitação provoca em nós essa tranquilidade,
visto ser escolhida por nós próprios.
Idealizamos e projectamos todos os nossos sonhos num espaço.
O alicerce é a base, depois o levantar das paredes e, por último, o telhado.
A decoração está de acordo com os momentos emocionais...
A mente é construída de acordo com o que queremos e nos interessa
e só é destrutiva porque abro a porta a visitas ou pessoas não gratas.
O pensamento é mágico, ilude quem de nós se aproxima
e consegue, através da hipnose, o devorar de ideias, de contradições.
Esse mau estar tem repercussões em termos futuros
pela ruína total da mente, onde o passado se confunde com o futuro
e nessa altura o desgaste torna todo um jardim seco...
A falta de amor em nossas vidas deixa-nos secos como a relva...
Para que construamos um paraíso terreno e emocional
basta fazer a limpeza diária, fazer uma higiene mental
em todos os compartimentos da habitação...
Por isso, o algodão não engana...