Olá!
Chamo-me Rosa.
Nasci pela mão de um homem
que me plantou e todos os dias me regava.
Ele reparou que me transformava num lindo botão de rosa,
mas também viu os espinhos sobre o talo e falou consigo próprio,
como pode ser uma bela flor rodeada de espinhos tão afiados...
E com este pensamento triste deixou de cuidar deste botão,
mesmo antes de desabrochar e morreu...
Assim é a nossa vida...
Dentro do nosso espírito há uma rosa...
Todas as nossas qualidades são plantadas em nós
e crecemos no meio de espinhos, as nossas faltas...
Mas só vemos os espinhos e, com tristeza,
também vamos perdendo as forças
e deixamos de olhar para a beleza deste botão...
Mas como sou muito teimosa decidi que os espinhos fazem parte de mim...
O importante é ter o dom de saber, mesmo por entre espinhos,
encontrar a beleza de cada um de nós...
Só assim é que este botão consegue desabrochar,
ou melhor, só assim consigo ser a rosa...
Tenho várias cores, cada uma com o seu significado.
Estou presente sempre no nascimento como na morte,
nos momentos de muito amor como na dor em todas as lágrimas...
Por vezes para me terem têm o cuidado de retirar todos os espinhos,
ou seja, assim não olham para os defeitos,
mas para o perfume que deixo ao passar
na lembrança de olharem para mim...
Mesmo entre os espinhos e o desabrochar da vida
continuo a ser sempre a Rosa...