Passou o tempo na lembrança
que provoca a dor no vazio da tua ausência...
Palavra sonolenta de um despertar acordado...
Olho no vento e em cada partícula senti a tua ausência...
Corri em busca do teu respirar
e encontrei o cheiro do perfume em cada olhar meu...
A felicidade não está sentada na presença...
Ausência é um mensageiro de corpos ausentes...
Bebi o café da manhã acompanhado com o teu sorriso ausente,
mas presente no calor entre as minhas mãos...
Bebo, sentada sobre a vida,
e deixo-me deslizar pelo medo de não te encontrar...
Abro a porta da ausência...
Lá fora um céu azul turquesa
e nuvens de algodão doce derretem-se ao chocar
com a transparência de um olhar de criança...
Ouço passos e, entre o desejo e o desejar,
o teu rosto sorri para mim...
Ausência, distância...
Presença, abraço...