segunda-feira, 8 de julho de 2013

A Política



A política, a religião e o futebol são três situações
que cada um de nós tem nesta sociedade.
Ou se aceita, ou não se aceita.
Também ainda existe a outra politica, a do trabalho.
Mas essa é muito complicada...
Porque cada vez mais trabalha-se menos, ou seja,
trabalham uns para os outros...
Mas a política é feita, na nossa vida,
de acordo com as nossas convicções e consciência.
Se analisarmos bem, Jesus Cristo escolheu treze apóstolos
e todos eles tinham a sua função... a evangelização.
No novo testamento todos falam do mesmo modo,
só que com ideias diferentes.
Como diz o velho ditado, cada cabeça sua sentença.
Mas ao escolher os apóstolos, não por serem especiais,
todos nós somos especiais... 
na espiritualidade somos todos iguais, não há racismo.
Falando ainda de religião todos falam em nome de Deus,
mas as suas obras são opostas.
Na política os apóstolos são os ministros.
Cada um também tem a sua opinião
e mais tarde reúnem com o principal político.
O importante é divulgar o que eles acreditam desta política de governo,
independentemente da minha opinião.
É um meio de evangelização,
sempre a acreditar no que fazemos e dizemos.
Todos dizem a verdade, mas a quem pertence a verdade?
A cada um de nós...
Porque a minha verdade pode ser a mentira do outro...
Mas acredito na consciência de cada um, apesar de haver tanta esquizofrenia.
Temos a política do futebol, vence o que for melhor,
ou então, o factor sorte é muito importante.
Já para não falar da corrupção, dos escândalos, compra e venda de jogos...
Tudo isso noticiado na televisão e jornais.
Vença quem souber ganhar...
Assim a política pode ser usada onde nos interessar mais e melhor,
de acordo com as vontades e as consciências.
O ser político é como tudo na vida...
Somos presos por ter cão, como por não ter...
Se estão no governo fomos todos nós que lá os pusemos
e condenamos novas eleições.
Volta, outra vez,  a fazer o mesmo...
Nunca estamos satisfeitos com o que temos.
O homem é um eterno insatisfeito...
Não sabe usar a política correctamente,
porque a política não é para ser usada correctamente,
mas sim para ser vivida correctamente.
Aqui deixo a mensagem para os políticos:
A fábula da raposa e da cegonha...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O Shrek



É um desenho animado que traz ternura e nos faz pensar quem nós somos na realidade. 
O Shrek aos olhos da sociedade é muito feio,
não só pela cor  como pela sua estrutura física (aos nossos olhos).
Porque o homem só deseja o melhor, o perfeito, o imaculado 
e também tem que ter as tais características idealizadas pela nossa vaidade...
O Shrek tem um olhar que nos emociona 
e uma bondade que supera todo o seu lado físico.
Assim como nós, ele também se apaixonou por uma princesa linda 
e intocável de classe social de alto nível que, à partida, seria difícil... este amor.
Mas como aos olhos de Deus nada é impossível,
até nos desenhos animados porque são feitos pelo homem, logo existe o espírito,
quis o destino que eles se cruzassem e se encontrassem...
E com o tempo foram vivendo uma história de amor... 
Não interessa se somos altos, baixos, gordos, magros, velhos, novos ou de raças diferentes, 
mas sim o sentimento que temos connosco próprios e com o próximo. 
Já vimos brancos, negros, velhos com novos e vice-versa e de classes sociais diferentes, etc...
Estou a descrever casos reais, até com doenças de foro mental, 
por exemplo, mongolóides, onde o amor existe na sua pureza...
Se na nossa sociedade virmos uma pessoa de figura Shrek dizemos logo:
"Coitado, ele é deficiente..."
Porque nós julgamos pela aparência e não pela sua recta justiça.
A sua namorada, Fiona, começou a ter que tomar decisões quanto ao seu amor 
e ao seu maior sonho, de estar sempre com o seu amado Shrek. 
E foi isso que aconteceu...
Pedi, e dar-se-vos-á.
Buscai e achareis...
Pois todo que pede, recebe.
E o que busca, encontra.
(S.Mateus)
De dia era uma princesa e de noite era a Fiona, mulher de Shrek,
ou seja, era um ser igual a ele.
O seu desejo era tão grande que acabou por se tornar realidade.
Conseguiu o seu objectivo, mas ainda faltava qualquer coisa para ser completa a sua felicidade... 
O tempo foi passando até que teve de tomar decisões...
Ou ficava de um lado, ou ficava do outro. 
O livre arbítrio obriga-nos a decidir qual o caminho a seguir,
sem nos desculparmos uns com os outros.
Ou a Fiona ficava com o Shrek e tinha uma vida feliz,
ou ficava para sempre princesa do castelo...
Como disse à pouco chegamos a um ponto da nossa vida que temos de tomar decisões...
Sem nos magoarmos... 
Fiona decidiu ficar com Sherek para sempre...
Faça-se a sua vontade. 
O seu desejo é uma ordem.
Tudo quanto em oração queremos, nós temos.
Peça com Fé, amor e não duvidando. 
Não precisa de estar sempre a repetir a mesma coisa.
Deus não é surdo, porque ele sabe o que necessitamos antes de o pedirmos.
Não deixou de ser princesa, porque ela o é.
Apenas houve uma transformação no corpo... Ficou igual ao seu amado Shrek.
Um caso real: os nossos filhos são a prova disso.
Desde que nascem até serem crescidinhos estão em transformações constantes,
quer físicas, quer de espírito. 
Muitas das vezes ouvimos a mãe a dizer:
"Não conheço este meu filho, nem parece o mesmo."
Deixaram de ser aquilo que tanto queremos...
No mundo que vivemos existem poucos Shreks 
porque nós próprios, seres humanos, não gostamos de nós 
e fazemos plásticas para esconder um corpo feio.
Logo, o espírito também faz a operação. 
Fica diferente...
Já não tem a bondade, o amor, a ternura imensa...
O Shrek representa o milagre do amor.
Também desejo a todos vós que encontrem uma Fiona, um Shrek 
que vos faça a transformação dos vossos corações através do amor.
Esta história de amor faz-nos pensar... 
Porque o amor é doce, suave e não há confusões de espécie alguma. 
Amar.. é deixarem-se embalar pelo colo do amor!
Porque ele está dentro de cada um de nós à espera que nos tratem com doçura.
Amor... cura!
Amor... riso!
Amor... luz!
Não deixem de ser crianças... 
Não nos envergonhemos por gostar tanto e de sermos como o Shrek.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

A Bola



Todos nós somos uma bola e pertencemos a um jogo de futebol.
Falo de futebol porque gosto e é um desporto mundial,
porque a linguagem é toda igual. 
No jogo de futebol são onze jogadores, um treinador e os árbitros.
A bola anda sempre nos pés dos jogadores, ao comando deles 
e quando está parada guardam-na no armário.
Vejamos, as crianças são a bola de um casamento,
onde são utilizadas por todos nós, jogadores, treinadores,
e andam de mão em mão... desculpem, de pés em pés...
Principalmente, quando existem pais separados, 
porque, entretanto, a bola tem que ser a melhor, moderna pela competitividade.
Conheço duas crianças feitos de um casamento que à partida era uma mentira,
mas mesmo assim os pais deixaram vir ao mundo estes seres maravilhosos.
Com a separação ficaram os dois com a mãe.
Não digo que é má mãe, mas, dentro do que fazia, não tinha atitudes correctas. 
Mas a vida encarregou-se de mostrar aquilo que escrevo...
Foram para o pai já com um segundo casamento e dois filhos e ainda para um país estranho.
Mais uma vez, esta bola foi jogada para tão longe que nunca mais a conseguiram encontrar.
Perderam o contacto com todos os familiares de que estavam habituados. 
Até a própria mãe não quis perguntar por eles...
Perguntaram pelos jogadores, treinadores porque a bola estava perdida.
Os avós maternos ao se aperceberem da situação 
fizeram todos os esforços para encontrar estes netos, a bola,
porque estavamos num campeonato e o marcar golo era importante.
Estes avós trouxeram os meninos já adolescentes...
À partida já havia novas regras de jogo.... 
A menina, entretanto, faz o aniversário e,
como não via a mãe há um ano e o menino há dois anos,
os avós maternos quiseram dar-lhes uma prenda especial, a mãe.
Foram até a casa da mãe que recebeu as crianças 
com lágrimas de crocodilo, como dizia o filho.
Estiveram juntos apenas cinco minutos, onde o filho lhe disse:
"O teu pai está ali no carro. Não lhe vais dar um beijo? Ele está muito doente..." 
Respondeu ela:
"Não quero saber."
E fechou a porta na cara dos garotos...
Que mãe é esta que faz isto ao próprio pai?
Tanto desprezo...
E aos filhos também...
Um comentário dos filhos:
"Mais valia não ter vindo..."
Estou a escrever com tanta tristeza, mágoa, lágrimas de vergonha,
de saber que ainda existem seres humanos como esta criatura.
Aqui começa o jogo da bola...
As crianças não podem escolher a bola, o jogo, nem os treinadores.
Eles apenas são a ponte para todos. 
Mas para marcarmos golos às vezes o factor sorte é muito importante
e nem todos têm, infelizmente, a mesma sorte. 
Falamos também que esta equipa é a melhor... a competição, a pressão...
Também porque o campeonato está a chegar ao fim...
Estes avós estão a ensinar as regras do jogo de futebol,
a ensinar para que nunca mais lancem a bola fora do campo ou se percam,
mas sejam falados como uma bola especial e que dá muita sorte a quem a tem. 
Por isso, meus amiguinhos, joguem mas não confundam 
ou não inventem novas regras do jogo, porque e será sempre assim...
Respeito...
Respeito, educação e muito amor...
Por mais evolução que possamos fazer,
as regras são marcar... marcar...marcar para ganhar. 
Estas crianças, hoje, são grandes jogadores e desejados por muitos clubes,
porque eles são bons, mesmo muito bons. 
Tantas vezes, mas tantas vezes, treinaram para serem os melhores e marcar...
Golooo...! Golooo...! Golooo!
Aqui deixo a minha crónica desportiva... 
Respeitem para serem respeitados!


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Amor



Amor... Amor... Amor...
Chamaste-me?
Olá, amor!
Porque não me telefonas...?
Amor...amor....amor....
Um sentimento muito intenso. 
É como o café: tem que ser forte, suave e intenso... 
Deve sempre saborear-se enquanto está quente...
Quando este sentimento esfria 
começamos a ficar confusos e só espalhamos o aroma da dor...
Amor... Amor... Amor...
Estou-lhe chamando,
diz a canção do Nelson Ned. 
Um pequeno grande cantor brasileiro, 
onde a juventude dos anos 70 e 80 refugiavam -se nesta canção 
para falar e sentir o Amor.
Toda a música cantada, falada, contada ao amor 
provoca em nós melancolia, saudade e lembrança. 
Se estás muito presente, se estás muito ausente 
a canção adapta-se à emoção desse dia.
Amor... Amor... Amor...
É uma carta fechada, onde não sabemos o que está lá dentro. 
Porque todas as cartas são escritas por pessoas ausentes 
e esperamos sempre a presença dela. 
Amor... Amor... Amor... 
Tecnologia, telemóveis, skype, meios de comunicação rápidos para sentirmos...
Visualizando à distância, apenas a voz ou imagem,
onde nós fazemos, ou melhor, manobramos os sentimentos à nossa medida. 
Amor... Amor... Amor...
É o algodão doce em que se exageramos enjoa.
Todo o amor tem de ser condimentado.
Temos tanta necessidade de dizer amor, 
mas por vezes à pessoa que nos faz sofrer...
Então, não é amor, mas masoquismo.
Porque temos vergonha de dizer à mae, filhos
e até às pessoas especiais que estão ao nosso lado. 
Amor não é sexo.
Gosto tanto de dizer, amo a vida!
Às pessoas que estão na minha vida, amo-te muito... a ti!
Amo-te por fazeres parte da minha vida!
E amo-te porque me fazes feliz,
por ter este sentimento no meu peito,
nas minhas emoções!
Amor... Amor... Amor...
Tu és o meu calor! 
Que em teus braços me derreto...


terça-feira, 2 de julho de 2013

Fundamentos



A vida tem dois fundamentos:
A verdade, o bem. 
A mentira, o mal. 
Hoje, escrevo os fundamentos. 
Todo aquele que constrói a casa cavou fundo os alicerces sobre a rocha. 
Veio a chuva, o vento e não desabou, 
porque ela estava bem construída. 
Mas todo o que ouve a sua consciência e não a pratica, 
não põe em prática o que acredita.
É o mesmo que construir a casa em areias movediças, sem alicerces. 
Veio a chuva, o vento e desabou toda a construção, sendo grande a ruína... 
(S.Lucas 6, v.46 a 49) 
Toda a pessoa, ser humano 
que acredita naquilo que faz e faz o seu trabalho, 
o seu esforço é recompensado por essa construção. 
Todas as palavras, acções, doenças, acidentes...
Nada o atinge... 
É tão difícil construir algo tão sério, 
porque a vida de construção é dolorosa. 
A falta de concentração provoca fendas profundas na nossa mente. 
O mundo em que vivemos é por vezes um pouco conflituoso, 
porque prefere facilitar, por exemplo, 
nas construções na areia, castelos de areia...
Logo, desaba a vida e temos depressões, angústia... 
Logo, tudo é negativo.
Não custa acreditar! 
Por vezes é resistente, mas fica construído. 
Não dêem palavras às pessoas que julguem o vosso trabalho 
que criticam muitas das vezes e não fazem o trabalho. 
Falar é facil, difícil é fazer. 
E aqui deixo pedra sobre pedra...
Resiste...resistente... e resulta!


sábado, 29 de junho de 2013

Agradecimento



Senhor,
nos momentos de paz,
nos momentos de equilíbrio, 
nos momentos de amor
penso em Ti. 
Senhor,
agradeço pelas bêncãos, pela tua luz,
mas sobretudo pela tua presença. 
És invisível, mas tornas-te visível
ao proporcionares este bem estar,
este sorriso, este amor!
Obrigada pelo dia, pelos meus sonhos! 
E, também, um obrigada muito grande pelo trabalho, 
porque posso ter qualidade de vida.
Por afastares tudo o que é de mal... 
Obrigada porque posso andar, 
porque posso falar, ouvir, ver, escrever,
ou seja, utilizar todos os sentidos. 
Muito obrigada por me deixares entrar na tua vida!
Peço-te que protejas todos aqueles que te pedirem ajuda,
que encontrem através da Fé, do Amor o que tanto necessitam.
Obrigada pela consciência que tenho entre o bem e o mal.
Obrigada pela tua Luz! 
Oracão... palavras sentidas em silêncio... 
Sempre, mas sempre, um agradecimento!


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ratatui

 

Este filme de animação infantil dá-nos uma grande lição de moral.
Mostra o que na realidade é o nosso querer, o acreditar, o ter fé... 
Mostra, também, que independentemente daquilo que somos ,
se nós acreditarmos no que queremos...
Tudo é possível aos olhos de Deus!
A força está dentro de cada um de nós! 
Não precisamos de nos servir dos outros 
para conseguir o que queremos 
ou, também, não julgue pela aparência... 
O Ratatui é um pequeno rato que estava no mundo dele, cozinha,
porque todos os ratatinhos, sejam animados ou não,
gostam muito da cozinha. 
Na cozinha têm tudo o que necessitam. 
Ratatui vivia no seu paraíso, mas também tinha um sonho... 
De ser cozinheiro! 
Mas como rato era impossível...
Naquele restaurante havia um ajudante de cozinha 
que adorava saber cozinhar e também gostava de animais. 
Enquanto uns perseguiam, outros ajudavam.
Logo se vê quem era o anjo-da-guarda do Ratatui...
O cozinheiro nao entendia nada de cozinha, 
mas mostrava uma enorme vontade de aprender. 
O Ratatui entendia tudo de condimentos, sabores... 
Então, calmamente, foi sugerindo ao amiguinho humano 
que apenas precisamos de pôr amor no que fazemos. 
Porque os temperos dependem muito do que estamos a cozinhar. 
Portanto, tudo tem a sua hora certa... 
Um condimento para o peixe é diferente para a carne. 
Temos muito a mania de inventar, misturar também a nossa vida... 
Claro que sai errado... 
Tudo quanto fazemos, se o fizermos de uma forma consciente, 
sem lamentos, mas, principalmente, com amor, 
a vida presenteia-nos com um manjar dos deuses!
Aconselho a verem o filme 
que nos dá uma grande lição de vida, de humildade e humanidade. 
Porque a vida é essa magia... 
Todos nós somos Ratatuis da vida... 
Sempre tivemos anjos-da-guarda, 
guias de luz a ajudar na caminhada da vida. 
Sempre com humildade e não ignorando os temperos da vida.
Acreditem sempre que aos olhos de Deus nada é impossível!
Tenham Fé! 
Sonhem!

 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Saudade


 

 Palavra muito forte para este sentimento...
A saudade!
Lembrança de tempo ou de algo que se passou em todos nós. 
As lembranças são presentes, a saudade é o ausente no presente.
É um sentimento tão deslumbrante,
tão genuíno de cada ser humano, de cada espírito...
E como diz na bíblia S.Mateus:
"São os teus olhos a lâmpada do teu corpo.
Se estiveres bem o teu corpo está em luz.
Se tiveres trevas, então, que trevas serão."
Assim são as saudades...
Se as olharmos com a lembrança doce são deliciosas. 
Se as lembrarmos com dor, então,  passa a ser saudade
que mais tarde torna-se obsessão.
A saudade não é dos mortos.
A saudade é dos vivos.
Quando alguém especial morre
a saudade é de quem fica neste mundo. 
Mas também quando alguém morre, dentro de nós,  
fica a lembrança que com o tempo passa. 
A saudade é uma fotografia tirada à lembrança,  
onde a moldura é o nosso espírito.
Porque o coração não tem emoções,
mas, sim, o consciente e subconsciente.
Nós achamos que o coração é amor, mas não é na realidade. 
O coração trabalha para a função sanguínea.
É um orgão importante.
É uma imagem que o homem encontrou 
para especificar o amor...
Cor vermelha, sangue do coração
 que muitas vezes está morto...
Mas o que importa é o cérebro vivo.
Por isso, são importantes as emoções
 telecomandadas pelo cérebro, conscientemente.
E dentro delas, as emoções, 
hoje falamos de saudade...
Tenho saudade da minha mãe, pai...
Tenho saudade dos meus filhos...
Tenho saudade da minha infância...
Tenho saudades de ti...!
Por isso escrevo esta mensagem para dizer... 
Tenho saudades de ti!
São imensas saudades...! 
As lembranças de quando estavas ao meu lado... 
Nos momentos que chegava de viagem 
e os meus olhos procuravam-te, 
numa imensa multidão, para te abraçar...
Que saudades...!
Tenho saudades de te pegar ao colo... 
Tenho saudades de te contrariar... 
Tenho saudades do arroz insosso que fazias...
De irmos à discoteca e ver-te a dançar... 
Para mim eras uma estrela a brilhar!
Tenho saudades do teu abraço... 
De te beijar e de dizer o quanto foste importante 
na minha vida...
É verdade!
Mas a maior saudade que tenho 
é o teu sorriso enorme, a tua gargalhada.
Sim, são saudades...
Não é um lamento, porque a saudade é aquela doce lembrança
e todos nós dizemos com frequência...
Que saudades!
Vividas por muitos seres humanos...
E eu sou apenas um ser humano saudoso. 
Saudade é dar a mão à lembrança
para que a nossa alma fique despida de dor.
A minha saudade é de grande luta. 
É um jogo do gato e do rato. 
E fomos apanhados na ratoeira da vida. 
Saudade...
Saudade....
Saudade...
(Cesária Évora)

sábado, 22 de junho de 2013

Mãos

  


É um membro do nosso corpo 
que é muito importante e utilizado na nossa vida.
Aliás, como todos os membros do corpo, 
para mim as mãos são a luz do homem... ser humano. 
É com ela que fazemos tudo. 
Mãos de trabalho, rudes. 
Mãos de médico, precisas. 
Mãos de fada, prendadas. 
Mãos de escritório, delicadas. 
Aliás, todas as mãos são delicadas e preciosas. 
Mas o que compõe as mãos também são as unhas 
e o tratamento que lhe damos. 
A mão é o ponto mais delicado do corpo. 
Podemos viver sem elas, mas sobrevivemos... 
E temos outros meios de substituição, 
incluindo a plástica ou a mecânica. 
Com as mãos nós construimos o nosso mundo. 
Com elas destruimos. 
Tanto acariciamos, como esbofeteamos. 
A mão de luz é um meio 
que através da massagem utilizamos as mãos
dando ao nosso corpo um relaxamento.
Com a nova era espiritual, 
começaram a usar atravéss da mãos o reiki, 
que não é mais do que a nossa energia positiva
que sempre houve...
Com as mãos de luz curam-se as feridas do corpo...
Com as mãos ajudamos a dar à luz... 
Com elas fazemos nascer novas vidas... 
De mão dada... amor. 
De mão apertada... segurança. 
De mão unida... rezar.
Colo da mãe... embalar. 
Mãos transparentes...
Onde vemos a olhos vistos toda
a transparência da vida... as linhas. 
Muitos de nós queremos saber o que elas dizem... 
Passado, presente, futuro...
São as mãos da vida! 
São as mãos que seguram a vida!
Aqui deixo uma mão para que alguém pegue e diga: 
Esta é a minha mão!


quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Chocadeira




A chocadeira é o nome que dou às creches e aos lares.
E porquê?
As crianças nascem 
e é uma felicidade da mãe, como também do pai. 
Depois vem o problema...
Quem fica com ele, ela?! 
Não é digno também para o ser humano... 
Ainda a mãe está no terceiro mês de gestação
e já está a pagar a primeira prestação da creche,
mal sabendo se chega ao fim.
O que pode acontecer a esta criança?
Claro, acredito e peço sempre a Deus
que ajude este espírito de luz a sobreviver 
e é por isso que se engravida... 
Para chegar ao fim.
Mas voltando ao pagamento antecipado 
chamo um roubo.
Como é que neste mundo tão evoluído... 
tão... tão... tão…
Ainda possa existir este género de competição humana? 
Para mim é um mundo cão.
Tanta inteligência, tanta sabedoria
e, ao mesmo tempo, tanta pobreza de espírito... 
A creche, desculpem a chocadeira, 
é um lugar onde mãe e pai vão pôr os seus filhos,
ou seja, vão depositar os seus filhos 
durante oito a nove horas por dia sobre mãos alheias...
Muitas sem valores... 
Sem o calor humano, 
mas sobre os efeitos do calor mecânico. 
Estou a falar de crianças, 
mas também acontecem aos mais velhos,
sobre os quais já escrevi...
E chamo a atenção desta sociedade 
que  funciona só com euros.
E dizem à boca cheia:
O meu filho está na melhor creche, escola, colégio
e ainda tem a piscina, karaté, futebol, ballet, etc.
Mas para quê se na verdade os pais dão aquilo 
que nunca tiveram e que gostariam de ter?
Fazem o inverso de gerações...
Os filhos são muito adultos, 
os pais são crianças... 
Temos muita pena!
Mas é a realidade de uma sociedade 
consumista, calculista, 
onde nem as crianças são crianças...
A chocadeira é um fenómeno criado por uma sociedade
a que chamamos de vida,
a que chamo deficiência emocional... 
Qualquer dia ouvimos os nossos filhos a dizer:
Piu... piu... piu...
Porque é o que resta deles,
Penas...!



A Máscara




É um objecto utilizado mundialmente.
Também é utilizado mais no Carnaval
e, ainda, em situações festivas. 
Por exemplo, o palhaço anda sempre mascarado 
e não precisa de ser Carnaval…
Faz parte de um trabalho, para este homem,
e quem o vê é um prazer e uma felicidade.
A máscara também é utilizada pelo ser humano, 
ou seja, é obrigada a estar com alguém muitas vezes que não gosta 
e para não sofrer usa a máscara da alma... 
Onde o sorriso está por for e o choro por dentro...
Veneza é um lugar para paixões, imaginações,
onde damos largas às emoções... 
Onde, muitas das vezes, 
é uma das belas máscaras a nível mundial... 
característica deste país. 
As máscaras, ao imitarem os séculos passados, 
são de uma elegância extrema.
Uma das mais favoritas, o Pierrot...
Características desta máscara...
Linda terra... que ao ver lembramos Veneza.
As máscaras servem para nos escondermos,
mas também para encantar quem queremos ver. 
Na máscara só os olhos são vistos.
Eles funcionam como uma câmara oculta,
onde tentamos detectar pormenores, 
movimentos escondidos por detrás de... 
A máscara mete também medo...
Qualquer louco pode estar por detrás dela 
e, apenas, consegue enganar 
ou viver um momento de adrenalina 
para conseguir a sua maldade.
E até há crianças que choram 
de tanto medo dessa coisa horrível... da máscara!
A máscara é um meio de modificação de personalidade. 
Por detrás de uma máscara existe um grande actor de teatro
que personaliza as épocas que deseja. 
Eu gosto de máscaras elegantes, antigas 
com os seus vestidos longos, coloridos...
Também gosto dos negros mascarados com as suas pinturas,
da magia, das músicas africanas...
E dos encantos de pinturas nos seus corpos...
Hoje, o escrever sobre as máscaras, 
é um chamar de atenção do esconde-esconde 
de personalidades, de valores,
mas também de emoções. 
A máscara é um limite de vida 
que por vezes é um mal necessário.
Por exemplo, a máscara de oxigénio é tão importante 
para a sobrevivência como a outra máscara 
para nos salvar a vida, ou seja, viver.
Ambas são importantes 
e, por isso, eu sou a máscara da vida!



domingo, 16 de junho de 2013

Mendigos



Sentada numa cadeira da esplanada a tomar um café, 
eis que me deparo com uma imagem tão triste, 
tão degradante para todos nós.... 
Uma jovem, não sei quem, mas também não me interessa de que raça ou país é... 
Apenas uma jovem de uns 12 a 14 anos com outra criança de tenra idade, 
num carrinho de bebé, sobre um sol tórrido. 
O estacionamento está à minha frente, 
porque além de tomar o café também aproveito para fazer compras. 
Por isso digo, grande estacionante esta jovem...
A mendigar quer aqueles que mal acabam de parar, 
como aqueles que vêm com as suas compras nos carrinhos de supermercado. 
A insistência é muito grande... 
Até se torna cansativa. 
A pobreza desta imagem é enorme... 
O sol está a pique, como nós que enquanto sociedade aceitamos esta violência 
e ao mesmo tempo pobreza de espírito.
Os seguranças fecham os olhos... 
Neste caso sabemos que recebem o rendimento mínimo, 
mas continuam a servir-se de nós para tirar o pouco que temos.
Tanta segurança social, tanta ajuda...
E nos momentos que precisamos o povo continua a dar.
Como nós aceitamos esta mendiguice... 
Se dissermos que não tenho moeda, 
porque por vezes não temos mesmo, 
rogam-nos pragas. 
Não acredito, mas é o modo como o fazem...
Se damos o que temos eles dizem que ja têm 
e querem escolher o que querem. 
E como se não bastasse, 
também temos os olhos a ver se damos, ou fazemos que damos. 
É um acenar de cabeças, condenando a nossa posição, 
ou seja, estamos como... o tolo na ponte.
Se seguimos para a frente ou se nos deitamos ao rio.
É um alerta de consciência, porque ser mendigo não é vergonha.
Para mim é uma honra,
porque é o assumir de vida que por vezes não corre bem. 
Pobreza de espírito é outra. 
É o que vimos... 
E é a mais nesta vida, porque a fartura é muita, 
mas não sabemos utilizá-la. 
Todos nós, presentemente, somos pobres de espírito. 
Fome não é ser mendigo... 
Mendigo é a honra de pedir
e ter consciência das dificuldades presentes. 
Vejam, tanta gente a cuidar de outros países, 
quando à nossa porta têm muita fome encoberta. 
É o contraste de uma sociedade do faz de conta... 
Os mendigos do Amor... 
Mendigos do trabalho... 
Mendigos da solidão... 
Eu sou mendiga da justiça. 
E vou continuar sempre a mendigar, 
ou melhor, a esmolar a justiça.
Porque o que eles me dão...
É uma esmola!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Mar



Sentado(a) na minha cadeira de praia vejo o mar 
e a tranquilidade vem ao meu espírito. 
As ondas vêm ao encontro dos meus pés, tornando-os relaxantes.
A água do mar está suave, o sol já baixo fica encantador.
O pôr-do-sol é deslumbrante! 
O som das gaivotas é enternecedor!
E eu aqui sentado(a) penso nas minhas memórias 
que por sinal são boas e lindas.
Mas o maior prazer que tenho é estar nesta solidão com o mar.
Não sou pescador(a) de peixe, mas sou pescador(a) de almas...
O que quero dizer é que o mais importante é o espírito, como ele se encontra. 
Ao olhar o mar faz-me recordar estes espíritos vivos,
mas inquietos e preocupantes como o mar.
Todo o cuidado é pouco.
Nunca se deve virar as costas ao mar...
Porque vem uma onda e deita-nos ao chão.
Assim, não posso virar as costas a estes seres maravilhosos
que por circunstâncias da vida tornaram-se revoltados, como as ondas do mar.
E qualquer que seja, um gesto de todos nós é o suficiente para o amparar na queda.
As ondas... os pensamentos que podem ser tranquilos, como revoltados. 
As areias... são como os dons de Deus...
São muitos e preciso utilizá-los para o bem.
Acredito que todos nascemos com esse Dom.
Não são todos iguais, mas a função é a mesma.
Ou seja, há varias qualidades de peixe...
Uns o seu fim é para a nossa alimentação,
outros é para a alimentação dos próprios peixes e sobrevivência. 
As conchas são o que resta do peixe... 
E é utilizado pelo homem no artesanato.
E o mais importante é a agua...
Pode ser doce, pode ser salgada...
Não se pode tirar o sal ao sal, senão fica insípido.
Nem se pode acrescentar o sal ao próprio sal, porque já e salgado.
Por isso usamos os extremos: 
ou o sal ou o doce.
Depende da escolha e da circunstância.
Se for salgado limpa o espírito.
Se for doce limpa o organismo de muitas doenças.
Conclusão, o mar é um bem da natureza 
que nos dá alimento à alma e ao corpo.
E aqui continuo a escrever os meus pensamentos
com tanta paz e sentado(a) à beira-mar... 
Feliz, muito feliz!
O mar enrola na areia,
ninguém sabe o que ele diz,
bate na areia e desmaia,
porque se sente feliz!