sexta-feira, 7 de março de 2014

A Mão



Rasgo a vida com a força do querer...
Em tua mão vivo dependente pela minha pequenez...
Respiro o ar dos teus olhos cheios de lágrimas de amor...
Lavo a minha alma com o sabonete...
Cheiros perfumados da terra sentidos no meu corpo...
Grito num choro sufocante de viver esta vida de liberdade...
O quanto me torno tão pequena na humanidade de grandeza,
onde satélites me mostram a importância da vida, do nascer...
Nas mãos da vida consigo ser trocada,
como também perdida nos quatro cantos do mundo,
onde o meu espírito se transformo numa brisa leve,
levando afagos em teu rosto, pela criança que sou...
Mão protectora que me segura na queda
e que me levanta sempre com segurança e protecção,
como se fosse um pára-quedas
no aterrar sem dor na partida do corpo.
O quanto pequenina sou...
O quanto me transformo...
O quanto vivo na vida...
O quanto sou feliz por estar em tuas mãos, vida...

quinta-feira, 6 de março de 2014

A Carta



Sentada na borda da estrada da vida,
penus rodados levam a minha imaginação
para uma fuga constante de mim mesma...
O olhar fixo no trabalhar do motor...
Qual a direcção a tomar...
É um vai vém de dificuldades para poder passar entre eles...
Luzes cegam-me a paciência...
O buzinar descontrola a capacidade de raciocinar,
deixando-me indefesa com as incertezas de momentos frágeis.
Levanto-me e procuro a chave, mas não encontro...
A aflição da perda...
Loucamente grito deixem-me, deixem-me, por favor...
Apenas quero viver...
Não compreendem...

A Lei das Ruas



Nasci para a vida e na vida não escolhi nada, a não ser querer viver...
Não interessa o corpo ou o local, apenas o nascer...
O sentimento do homem é imprevisível,
tanto o amor, como o abandono e a rejeição...
Preciso com urgência de corpos perfeitos para mostrar 
à sociedade o que consegui fazer...
Vou para a rua esmolar um olhar, nem que seja de piedade,
mas olham com pena...
A rua é de todos e é de ninguém...
Não tenho a mãe a dizer,
filho queres leitinho quente, filho tens frio...
Apenas tenho como tecto a lua, o sol e durmo sobre a relva
num orvalho transparente, húmido, gelado
do vento rasteiro que varre o lixo leve...
Folhas chocalham como guizos de alerta,
onde os morcegos da noite passam beliscando
o pão da fome, duro pelo tempo, encontrado aqui, ali...
Sorrio pelo banho da chuva e o sabonete de terra
limpa a sujidade de almas cansadas de caminhar para um vazio...
Rastejo na esperança de encontrar a minha mãe...
Uma procura fantasma, porque não sou filho de ninguém...
Vivo num jardim zoológico e a troco de umas moedas rastejo pela vida...
Sou igual a ti, porque nasci de uma mãe, hoje mulher...
Mas sou diferente...
Não fui eu que pedi...
Afinal onde é que está o meu erro?
A vida dada, a vida vivida...

A Fada que Sonha




Já ouvimos falar muitas vezes de fadas,
mas desvalorizamos e dizemos que são coisas de crianças...
Quando crianças o sonho torna a vida mais suave
e faz acreditar no doce da magia...
Um dia a fada desejou partir para uma terra distante.
Como fada a sua função é de fazer sempre o bem.
No seu caminho encontrou o dragão, lenda...
Uma luta muito igual entre o bem e o mal...
Mas o desejo da fada era domar o dragão 
para poderem viajar na terra dos sonhos...
Com a sua paciência, delicadeza e muito amor conseguiu
trepar no ouvido do dragão e disse-lhe, eu amo-te...
O dragão nunca ouviu uma palavra de amor
e ao ouvir ficou encantado com a sua fada...
A partir desse dia nunca mais se separaram...
Amigos unidos pelo amor...
Tão diferentes e tão iguais...
Afinal o sonho da fada tinha-se realizado, 
apenas ter um amigo diferente...
Com a simplicidade da vida tudo se transforma, basta querer...
A Deus nada é impossível, mesmo em sonhos...   

terça-feira, 4 de março de 2014

A Loucura



Abro a mala e ponho lá dentro tudo o que me vem à mão...
Por vezes, não é o que preciso, mas o desejo da partida, a euforia...
A viagem torna-me louca...
Sim, uma loucura que transcende o meu peito num grito abafado
pelo acumular de várias roupas fechadas na mala...
Se eu fosse do mundo, o mundo amaria o que era seu...
Como todavia não sou, pertenço ao mundo dos loucos...
Loucura de correr contramão, contra regras...
Loucura do colorido das asas do papagaio...
Levo na minha bagagem retalhos de uma vida...
O chapéu tapa o sol de um caminho,
como o calor da sede que tenho de correr
nas curvas da auto-estrada marcadas por cicatrizes de sapatos apertados...
Choro a sola que me faz andar, andar perdida num horizonte longínquo...
No desfecho de encontrar o pôr-do-sol, paro...
Águas da ribeira lavam o meu rosto
queimado pela poeira do tractor no lavrar da terra,
onde espigas de trigo são servidas na mesa da fartura
e da loucura percorrida sem eira nem beira...
Assim sou...
Loucura de vida e de costas voltadas para o mundo...
Apenas levo nas minhas mãos calejadas uma mala de transformações,
onde tudo existe e nada existe a não ser a loucura... 
   

A Outra Face



Também posso chamar de máscara a identidades perdidas,
escondidas por detrás de um rosto colorido ou apenas natural...
Na vida de cada um de nós perdemos identidades...
Por vezes são esquecidos valores, fica o robot...
Nascemos num local e com a continuação da distância somos o povo da terra
e no prolongar do tempo usos e costumes novos vão-se adquirindo...
Um mascarar da saudade, de sentimentos, de um rosto encoberto pela saudade...
Lágrimas rolam no rosto e perdem-se no espaço
confundidas com o suor salgado
e por uma lasca momentos, tiras de lembranças
soltam uma gargalhada de euforia de um Carnaval mascarado...
Gosto das cores porque me fazem sorrir
uma infância perdida algures na terra de ninguém...
As máscaras confundem a identidade de quem sou...
Por detrás de tudo o que quero ser e desejar
vale tudo e nada sobra para o dia que nasce...
Sabor a papel, música do batuque, corpos desfalecidos pelo gingar de luzes,
onde sirenes constantes relembram a pergunta, quem é você?
Tire a máscara...

segunda-feira, 3 de março de 2014

O Lei do Bumerangue



Todos nós já ouvimos falar deste objecto.
Os bumerangues foram criados para voltar à mão do arremessador
quando não atinge o alvo, ou seja, retorna sempre para quem o mandou.
Na espiritualidade também dizemos, cá se fazem, cá se pagam,
ou ainda, Deus castiga e já vimos que não é verdade...
Acredito que todas as sementes que lançamos à terra frutificam,
ou nascem e tornam-se lindas, ou nascem mas depois morrerm, a lei do retorno...
O bumerangue é jogado com a intensão de atingir o objecto que desejamos,
como sinal que conseguimos, mas caso não se atinja corremos o risco
de vir ter às nossas mãos...
Quero dizer, não faças aos aoutros aquilo que não queres que te façam a ti...
A vida é um jogo e jogamos o que mais gostamos e nos interessa,
mas nunca por imposição, porque geralmente dá maus resultados...
Há jogos perigosos, ou seja, palavras que magoam
ou põem em praça pública vidas de terceiros com o fim de manipualr mentes,
jogar interesses, fazendo acreditar que têm a vida em suas mãos,
estragando a delas e a dos outros...
Aqui entra em acção o bumerangue, o retorno...
Peguem em vossas vidas e lancem o bumerangue
com o objectivo de brincar, de se divertirem sem magoar os amigos.
Só seremos felizes se virmos os amigos felizes
ou se proporcionarmos esse bem estar
sejam maridos, namorados, mulher, pais, filhos...
Se não estão felizes ao lado de quem estão
tomem a posição de dar alegria ou proporcionar esse bem-estar...
Quem ama dá alegria...
Quem ama gosta de ver em nosso redor felicidade...
Quem ama respeita, mesmo que seja amiga(o), porque ninguém é de ninguém...
Pensem com carinho e reflitam...
A vida só tem sentido dando a mão a quem precisa,
mas sempre com verdade...
Não a verdade de um passado, mas do presente,
porque vivemos no presente...


Raízes



Ao olhar esta imagem tenho memórias de resistência
de um prolongar as raízes do meu viver...
São longos e profundos os desejos de procura de um entrelaçar sobre a terra,
amores, valores, cumplicidades, respeito e posso juntar paciência...
Toda a planta se transforma em árvore pelo tempo,
como também pelas profundas raízes que o vento leva...
Tenho sede para que cresçam os meus braços em teu redor...
Tenho força para aguentar o frio, a neve...
Porque estão a meu favor conseguem matar todo o tipo de bicharada,
pensamentos que matam, a negatividade, mal entendidos...
Por vezes, fica enterrado todo um passado equecido pela resistência das raízes...
Folhas verdes de esperança nascem no meu coração,
onde palavras levam-me as flores e mais tarde os frutos
de um amor semeado entre conflitos internos...
Mas sobrevivem à troika de mentes extrovertidas
e unem-se por raízes longas, mas sinceras,
métodos tradicionais que solidificam na verdade, na integridade...
Por tudo isto, brevemente, estas raízes resistentes darão frutos
para que possa colhe-los e saborea-los...


domingo, 2 de março de 2014

A Primavera



Todo o espírito que nasce, 
independentemente do dia, do mês, do ano,
nasce sempre na Primavera...
Para ele representa o nascimento da vida, do próprio espírito,
das flores, das árvores, o acasalamento dos animais,
o cultivar as terras, o pintar a casa, o respirar de cheiros novos e frescos...
Como na Primavera, todo o espírito abre a alma para um despertar de sentimentos,
como as abelhas à procura do pólen em cada beleza encontrada na procura...
Fica a morte de Invernos congelados, onde nevoeiros escondem,
por vezes, carácteres menos dignos do ser humano,
julgando-se donos de almas depressivas e manipulando mentes
e vidas que mais tarde choram a morte da amizade...
Sim, no imenso Inverno tornam-se nocturnos
e aproveitam-se desta escuridão como abutres à espera da presa, 
confundindo-se com espíritos de luz...
Todo o espírito na Primavera é luz, transparente
e faz o bem a quem está do seu lado...
Não cria confusões...
É o espírito do amor...
A Primavera é o caminho para um florir de vida
e mantermo-nos felizes para o resto das estações, seja ela qual for...
Se nasecemos com destino temos de saber intrepretá-lo,
segundo a nossa vontade...
Na caminhada vamos frescos e leves para abrir todos os presentes
que nos são dados gratuitamente sorrindo...
Todas as estações são lindíssimas...
O mal está nas acções que todos nós praticamos...
Libertem-se!
A luz da vida agradece e seremos sempre felizes...
Que a Primavera lhe traga o sol para o globo, mas passando por África,
depositando o espírito da terra transformado em fogo...

sábado, 1 de março de 2014

Sabah Nur



Escondo o rosto pelo traje tradicional
que me envolve a alma numa transparência vidrada 
do trabalho de um dia mostrar o reflexo do arco-íris... 
Pela fala do olhar vejo o arco-íris nos teus olhos...
Cabelos longos num trançar de estradas encruzilhadas
prolongam as vestes preparadas para uma cerimónia na mesquita,
onde o lavar dos pés, um ritual cuja aliança aperta os meus dedos,
me traz a nudez num banho...
Espíritos voam em liberdade, andorinhas chamam a Primavera 
num chamamentode liberdade de sentir as asas a bater uma na outra,
como um bailado em seta indicando a dança do ventre,
chocalhando guizos numa elegância de pontas...
Provoca olhares de encantamento pela pintura exótica
e o colorir da música embala raças numa magia com cheiros a açafrão...
Sob o olhar atento regresso às minhas origens numa despedida  
Shukran yazilam...
Sabah nur...

O Sentimento


O sentimento é um estado de alma, de luz
que nos transporta a um mundo invisível.
Fala-se de sentimentos e os medos que eles nos provocam...
O medo de sentir, o medo de ser trocado por outro alguém,
o medo de perguntar à vida, e agora o que é que eu faço, onde errei...
Não erramos ao mostrar o que sentimos...
Aliás, dizer e sentir é de uma sinceridade e humildade, é vida...
Nas nossas mãos está o verdadeiro orgão, coração,
depois temos o cérebro que gere as emoções...
Aí é que damos largas ao nosso sentimento tão puro
que é o sentir cada pedacinho da vida...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Um Gesto



Por um gesto vivo...
Por um gesto acredito...
O gesto é uma acção instintiva de todos nós.
É uma atitude que demonstra agrados ou desagrados.
Um gesto mata a sede de quem se encontra num deserto,
de quem vive numa solidão de grades que envelhecem,
de paredes escutadas de lamentos...
Por um gesto nasce a criança, 
nasce o futuro de um sorriso no correr pela vida...
Por um gesto nasce um abraçar de sentimentos
de encruzilhadas com o clarear da aurora... 
Por um gesto um punhado de terra é jogado na urna da verdade,
calado pelo silêncio de morte transfigurada em luz...
Por um gesto o doce do chocolate consola
o trabalhar do cérebro em memórias felizes...
Como sorrio e prolongo o gesto do sorriso
ao ver o quanto vale um gesto...
Afinal quanto custa um gesto?
Salva muitas vidas...
Um gesto apenas...
Por um gesto teu...

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A Vida


Quem sou eu?
Olho-me ao espelho e não me reconheço...
Vejo várias faces do meu rosto...
Faces ou facetas...
Sim, não consigo encontrar esta identificação dentro de mim,
ou melhor, sei quem sou, mas não me consigo reconhecer
neste espelhar de vida...
São partes de mim que desejam a vida ou uma vida,
mas outra parte de mim rejeita tudo quanto construo,
pondo em dúvida a minha personalidade...
Sim, afinal quem sou?
Sou aquilo que me interessa ver, sentir...
Mas esta não sou eu,
mas sim uma imagem que rejeito por me confundir...
Um tempo negado pela vida vegetariana,
onde introduzo alimentos saudáveis, 
mas negados pelo corpo, 
como uma medicação de que necessito...
E a mente rejeita, fazendo o contrário da cura...
Mas o espelho diz-me as partes de mim que
se completam num ponto, o ponto V, 
que me leva a uma estimulação de pensamentos e de fortaleza...
Todas as partes estão num só ponto...
Junto o outro ponto I, independente, integridade 
e tenho o D, dádivas de Deus...
E o outro ponto A, amor, alegria...
E em todos estes pontos encontro o mais importante, Vida...
 

O Pôr-do-Sol



Quando olho para esta dádiva de Deus
tenho sempre um pensamento de gratidão
por um quadro da vida tão deslumbrante...
Mesmo sendo um pintor não consegue por na tela 
este sentimento do quanto sou abençoado...
Na vida temos o nascer do sol como o pôr-do-sol...
Momentos únicos, mas muito diferentes...
Ambos têm em comum o Sol, fonte de energia,
que ilumina todo o meu caminho...
Divida a vida em partes iguais 
para poder continuar com a intensidade da luz...
Junte a força e o seu querer, o acreditar 
que para Deus nada é impossível...
Receba em sua alma esta clareza de luz  
para andar de mãos dadas com a felicidade...

domingo, 23 de fevereiro de 2014

A Oferta


A vida oferece-nos flores...
Cada uma com a sua beleza...
Temos preferências e damos a cada uma 
o significado que queremos dar...
Nas minhas mãos ofereço uma rosa...
Cada pétala um nome...
É-me difícil arrancar pétala por pétala..
Dói-me a alma...
Vejo num esfumar da vida, que é tão curta,
um murchar de valores, atitudes
e até de ganâncias jogadas fora como se lixo fosse...
Nas minhas mãos ponho o coração, um orgão,
o sentimento mais importante de toda a vida...
Sem amor não se vive e ele é a cura de muitas doenças...
Ofereça a si próprio este sentimento, embalado e perfumado...
Percorra a estrada da vida com a bússola do amor...
Uma vez uma criança perguntou-me o que era o amor...
Respondi, tu!
Ficou pensativa, deu uma gargalhada e disse,
já sei, porque sou criança...
Não, porque és vida...
Tudo o que tem vida é amor...
Usando sempre a lei do amor, 
não faças aos outros o que não queres que te façam a ti...
Não deixe que se esfume o maior tesouro que temos...


O Sapo e a Rã

Era uma vez um sapo e uma rã...
Ambos pertenciam à mesma classe, 
mas cada um foi criando preconceitos,
um contra o outro,
gerando uma competição entre eles, 
porque não se aceitavam como eram...
Apesar de terem fortes personalidades
e características muito idênticas 
julgaram que iam fazer a última corrida da vida, morte...
Vestiram-se a rigor com fatos lindíssimos,
mas nunca deizaram de ser a sra. rã e o sr. sapo.
Tanto dançaram o rancho que foram parar caídos na panela.
Ao acordarem repararam no estado em que se encontravam.
Tiraram as roupas estragadas e despidos frente-a-frente,
de mãos dadas em frente a um espelho,
viram o rosto, as patinhas, as atitudes,
as arrogâncias e a falta de amor e respeito
que tinham um pelo outro, porque no final eram iguaizinhos.
Conclusão, nunca desejem ser outro,
porque o valor está em sermos o que somos...  

A Ilha



A vida é uma ilha onde fazemos círculos que nos confundem o sentimento...
Sendo uma ilha conseguimos, superficialmente,
ver o que está à nossa volta, mas o interior mete-nos medos,
provocados por traumas psicológicos, 
que nos obrigam a estar parados e a ter sempre os mesmos rituais...
Momentos únicos são vividos com pequenos nadas, 
mas de grande dimensão que queremos prolongar para uma vida inteira...
Local paradisíaco, onde a imaginação nos leva ao limite
de procriar vidas opostas com a segurança de um suspiro dentro da nossa alma
que nos faz respirar a alegria de viver, como o amor vivido, 
na esperança de ter uma cabana na selva humana para a protecção de valores,
memoriais de sorrisos transparentes,
como o nadar em águas límpidas com passagem para o outro mundo,
o meu mundo espiritual, onde o tempo não tem tempo 
e onde falamos a mesma língua...
Sentimentos livres de preconceitos prisioneiros em correntes de trabalho,
levando-nos à loucura de uma procura de perfeição, sendo imperfeito...
O negro, pintado com a cor do café, conseguiu 
criar uma raça para a explicação de uma cor...
Momentos únicos são toda uma vida 
saboreada com a intensidade do perfume de rosas
cultivados por nós para embelezar a solidão da ilha
vivida e partilhada em castelos de areia mágicos...
Ao longe vejo um chamamento de vozes 
que me tiram a liberdade no meu momento de sonho...
Acreditem! O sonho comanda a vida!
A Deus nada é impossível!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Um Anjo



Desejamos a presença de um anjo nas nossas vidas 
e dizemos muitas vezes para uma criança,
que anjinho, tem cara de anjo,
porque acreditamos que todas as crianças são anjos, 
são mais ternurentas...
É verdade!
Apesar da inteligênica deles ser muito desenvolvida
provocam em nós essa sensação de bem-estar, de paz...
Existem também pessoas especiais, anjos,
que se encontram mais tarde,
que provocam esse bem-estar, de estar bem e fazer o bem...
Já crescidinhos não têm asas, porque davam muito nas vistas
e iriam ser todos artistas de cinema...
Mas têm a luz que brilha dentro deles, que os transforma em anjos de luz...
Precisamos de os conhecer, sentados no jardim da vida,
em meditação, consciente e até inconscientemente,
em memórias perdidas ou reecontradas nas páginas brancas do caderno, 
mais tarde transformadas em leitura assídua de um livro de mesa de cabeceira...
O nosso voar vai até onde a imaginação nos permite,
tendo a capacidade de estar onde quero estar...
Esteja onde estiver voe para onde é feliz ou para quem o faz feliz...
Um anjo é luz...
Ninguém consegue apagá-la...
A luz do amor faz milagres, faz viver, ressuscitar os mortos... 

A Estrela


Neste céu imenso estrelado encontrei constelações
e estrelas de brilhos e cores diferentes...
Também temos o sol, a luz da vida...
Sentimo-nos tão pequeninos perante tão grande luz...
Pensamos o quanto desejamos ter essa estrela só para nós
e sentados no degrau da vida, e de olhar presente,
escolhemos a nossa estrela 
e ficamos tempos infinitos a olhar para ela...
Pedimos uma escada a Deus para lá chegar...
Um dia, numa noite escura, 
a estrela brilha intensamente
e a magia acontece...
Tudo em nossa vida é luz...
Nunca deixe de brilhar, 
porque há sempre alguém que precisa de si...

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O Amor


Em tuas mãos deposito a pureza da minha alma...
Procuro o mundo para te mostrar o quanto é belo...
Salto pontes, rios e até navego em oceanos
para te poder mostrar esta pequena,
mas pura oferta sentida nas tuas mãos... 
Mãos percorridas em apostas de cavalos,
com galopes enfurecidos pelo chicotear de mãos
calejadas de uma corrida contra o tempo, o amor...
Seguro num círculo de promessas um sim como um não
que me provoca a loucura de um medo e de uma insegurança,
provocados pelo escorregar da água da vida entre os dedos...
Faço uma clonagem e uma tatuagem no meu peito
para na minha morte morrer contigo...
Num ressuscitar seguras em tuas mãos firmes de amor...