terça-feira, 4 de março de 2014

A Outra Face



Também posso chamar de máscara a identidades perdidas,
escondidas por detrás de um rosto colorido ou apenas natural...
Na vida de cada um de nós perdemos identidades...
Por vezes são esquecidos valores, fica o robot...
Nascemos num local e com a continuação da distância somos o povo da terra
e no prolongar do tempo usos e costumes novos vão-se adquirindo...
Um mascarar da saudade, de sentimentos, de um rosto encoberto pela saudade...
Lágrimas rolam no rosto e perdem-se no espaço
confundidas com o suor salgado
e por uma lasca momentos, tiras de lembranças
soltam uma gargalhada de euforia de um Carnaval mascarado...
Gosto das cores porque me fazem sorrir
uma infância perdida algures na terra de ninguém...
As máscaras confundem a identidade de quem sou...
Por detrás de tudo o que quero ser e desejar
vale tudo e nada sobra para o dia que nasce...
Sabor a papel, música do batuque, corpos desfalecidos pelo gingar de luzes,
onde sirenes constantes relembram a pergunta, quem é você?
Tire a máscara...