Os meus olhos procuram ângulos
nas falhas do rodar para me posicionar melhor.
Uma transparência que incomoda curiosos
num espreitar águas límpidas sobre o olhar luminoso de um raio de sol...
Mundo de passos importantes,
onde se desvia a atenção para documentos sem rosto
e sorrisos de promessas de contratos esquecidos no pagamento à mesa,
sobre o olhar atento da garrafa de vinho,
numa dança de exorcizar um espírito...
Abro a porta e vejo o mar descalço pelo cansaço
de uma corrida dos ponteiros do relógio e a pergunta que faço é,
quem sou eu neste mundo?, o que faço aqui?...
Se nego aceitar a derrota das palavras mal dizentes choro a saudade...
Da minha cama, por um instante, vejo o teu rosto...
Sorrio, entro, fecho a porta...
Estou de volta ao meu mundo...