Sou felino e penetro nas entranhas para me satisfazer
de pequenas presas desprotegidas e distraídas com a vida...
de pequenas presas desprotegidas e distraídas com a vida...
Rasgo a vida, saltando de galho em galho, mostrando a rapidez
e a flacidez a que a própria selva me obriga...
e a flacidez a que a própria selva me obriga...
Ser a sentinela, perdida num olhar mágico...
Olho em meu redor e vejo florestas de cores verde forte,
dando-me a esperança de sobrevivência...
Preciso de viver de boca fechada, de dentes afiados...
Todos fogem de mim pelo meu rugido, meu porte...
Mas para tranquilizar o mundo vivo, suavemente,
nas grades do jardim zoológico...
nas grades do jardim zoológico...
E passo a ser o gatinho mais lindo
e mansinho que todos nós desejamos ter...
e mansinho que todos nós desejamos ter...
Consegui sobreviver...
Imposição, ser o que não sou...
Imposição, ser o que não sou...
Gritos de alerta, gritos de medo, muitas vezes mudos
pela cegueira do medo.
pela cegueira do medo.
Afinal quem sou eu?
Tantas transformações...
Mas continuo a ver o respeito pelo animal que sou, dentro de mim...
Forte, corajoso, destemido quando provocado...
Forte, corajoso, destemido quando provocado...
Manso, lindo, suave, doce quando tratado com a inteligência do respeito...
Sobrevivo na sobrevivência da selva humana...
De passagem parei e fotografei este grafite...
Deixo aqui a minha homenagem
a estes artistas desconhecidos pelo trabalho maravilhoso.
a estes artistas desconhecidos pelo trabalho maravilhoso.
Parabéns para vós...