Seguro em ti com a delicadeza que mereces...
A transparência do teu rosto dobrado por uma lente de aumento,
a água nos teu lábios são a prudência misturada com um pouco de loucura...
Dão razão à vida reflectida como um espelho...
O teu rosto bem delineado pelo pincel dos teus olhos...
Sorriu pelo deslizar nos teus cabelos, pedaços de caracóis
que se enrolam nos meus dedos...
O anel de pertence brilha como o sol de satisfação de te ter na minha mão...
Um olhar, um copo, a água que transborda a vida
transformada pelo álcool que vicia a gargalhada descontrolada...
Pego em ti e revejo a criança perdida no oceano sem saber nadar.
Mas o teu corpo frágil transforma-se em segurança
apertada de uma vigia nas quebras, no partir, na morte
reduzida a cacos e irreconhecível, num vidro transpartente,
onde águas lavadas de várias maneiras levam pedaços de mim para ti...
Pego em ti, vida!