quarta-feira, 21 de maio de 2014

O Vício


Há partes de nós que se tornam viciantes
como podemos chamar o vício de boca, cigarro,
o vício da chupeta, o vício de enrolar o cabelo,
o vício do álcool, o vício do jogo e muitos mais poderia escrever.
A palavra vício é um descontrolo emocional,
onde por mais que o cérebro dê a ordem a sociedade dita as regras.
O espírito não quer, rejeita, porque talvez seja melhor continuar,
porque já se está no vício, em vez de se ter trabalho a destrui-lo.
E por mais repetição, tentando impor-se à emoção mais ela o desafia,
fazendo competição com ela própria...
Todos estes vícios podem ser tratados através de comprimidos,
psiquiatria, a ciência que estuda o cérebro, mas não a alma...
Existe um vício no ser humano cada vez mais utilizado
e este não tem cura, porque provoca feridas profundas
que sendo real seria surreal...
O vício do amor, um vício que ataca mais a mulher.
É simples de entender...
A mulher carrega nove meses o seu filho, o filho cresce
e vai transferindo para o homem como para a mãe
o sentimento de posse.
Depois quer mais e mais...
É verdade, como mãe dá muito, como filha também,
como namorada, como mulher, esposa...
É normal que de tanto dar também quer receber
e quando não recebe fica em estado de choque
e aqui começa o início do vício do amor...
Embriagamo-nos todos os dias com a esperança
de conseguir um dia esquecer que amei esse alguém...
Sento-me na mesa da vida e encontro corpos vazios à espera
de serem enchidos com palavras ou até um telefonema
ou um like para se sentirem vivos...
Viciado no amor torno-me um zombi, estou bem onde não estou...
Tenho excesso de amor, porque me tornei um viciado no amor...
Qualquer que seja o vício, ele mata...
Viva com amor...
Não morra por amar...