terça-feira, 22 de julho de 2014

Abandonado




Por diversas vezes pedi a tua mão,
precisei do teu abraço...
As lágrimas caíam pelo meu rosto pela tua saudade...
Ainda tenho a ilusão de falar contigo,
mas quis o destino que te levasse para uma terra
tão distante a que eu chamo lembrança...
Memórias vazias de afagos...
São como o fumo da chaminé que não consigo agarrá-lo,
porque me foge entre os dedos do amor...
Abandonado, fico sentado na frieza da pedra mármore
com a certeza que não voltas...
Num adeus ficam fios de cabelos soltos,
nas palavras doentes de mentes fracas
trocam-se verdades pelo abandono...
Sim, sou eu abandonado...
Para ti deixo o meu renascer numa vida encontrada...
O telefone toca, ouço a voz muda pela morte
e, no silêncio, um punhado de terra de rosas brancas na despedida...
Abandonado encontro o conforto de quem eu sou...
Entro pela vida, entrego-me na tua luz
e feliz digo, obrigada!