Jesus estava sentado na praça a ver o povo a ofertar
e eles, ricos, depositavam grandes quantias de dinheiro.
Chegou uma pobre viúva e lançou duas pequenas moedas.
Jesus chamou seus discípulos e disse:
"Em verdade vos digo que esta pobre mulher
deixou mais do que todos os outros ofertantes...
Porque eles deixaram o que lhes sobejava
e esta mulher deixou tudo quanto possuía, todo o seu sustento..."
(Marcos 12, v.41-44)
Hoje quero falar da oferta...
Nós somos a oferta em que damos tudo...
Há dois tipo de oferta...
O que oferece para dar nas vistas,
como os ricos que davam na praça
ou aqueles que batem a mão no peito
em frente de todos na igreja
e se servem do nome de Deus para serem vistos...
Que dão um chouriço se lhes derem um porco...
Um ditado popular que nos dias de hoje cada vez mais se utiliza...
A sinceridade no dar está cada vez mais escondida.
Quando vimos um mendigo no passeio não damos, olhamos, criticamos.
Ou se ofertamos, damos sempre àqueles que não precisam.
Exemplo, a assistente social, a cáritas, a televisão,
onde certas pessoas vão lá como vítimas e a realidade é o contrário.
Mas como dá audiência, nem se dão ao trabalho
de ver se realmente estão a ser correctos...
A sociedade em que vivemos é de uma fartura enorme, graças a Deus.
Temos casas com crianças cheias de brinquedos,
porque os pais não conseguem dizer não
e muitas vezes dizem:
"Escolhe aquele brinquedo que já não gostas mais.
Vá lá vamos dar aos meninos pobres..."
Pergunto: Onde é que eles estão?
Não vejo pobreza, mas vejo pobreza de falta de cabeça, orientação...
O que me deixa muito triste por gozo desta hipocrisia, do faz de conta...
A oferta de coração é como a da pobre viúva
que tendo nada ofereceu de coração....
Pedis, recebereis...
Buscai e achareis...
Pois todo o que pede recebe...
O que busca encontra...
E a quem bate, abrirei...
(S. Mateus)
O que quer dizer que Deus acrescenta sempre em dobro
pelo nosso trabalho e honestidade.
Sejam sinceros convosco próprios...
A igreja deveria ter um papel mais activo na sociedade de pé descalço,
mas só vimos o contrário...
Eles a pedirem por tudo e por todos.
No fim, quem se senta à mesa do rei, coentros e rabanetes,
música cantada pelo Rodrigo...
Uma crítica bem aplicada à sociedade em que vivemos.
Por hoje, deixo a minha oferta de coração...
Palavras escritas com emoção...
Acreditar num mundo melhor, num mundo de luz!