A sombra da vida embriegada pela nitidez
do olhar da alma perturba-nos o caminho a percorrer...
As lágrimas eram imensas, de um vazio de órfão(ã),
onde a caridade era partida em cinturadas em meu rosto...
O negro escorrendo sobre o meu corpo...
O sangue transforma-se em cor celestial
pelo desejo da minha alma voar...
Sentado(a) no vazio da noite alguém com sorriso
oferece-me um papel, uma pagela...
Pegou nas minhas mãos
e transferiu-a numa corrente de Amor, de Fé...
Olhei e não reconheci
pelo esquecimento da dor de amar e ser amado(a)...
Voltei a olhar e sorri...
Ouvi a voz que me disse:
"Estou do teu lado, ao teu lado...
Acredita..."
Pela primeira vez na vida levantei os olhos ao céu
sobre a terra prometida
e vi a tua imagem, o teu nome...
Escondido só para mim...
Para que o vento das vozes
não me levassem a esperança de viver, de amar...
Colei-a no meu coração e mastiguei no respirar...
É o meu tesouro, o meu segredo, o meu viver...
Tomei banho de luz, vesti-me de arco-íris...
Mesmo nos dias de tempestade lá estava eu feliz...
Porque tinha companhia na protecção do meu querer,
do meu viver...
Obrigado por me fazeres acreditar...
Por me dares novamente vida pela segunda vez...
As minhas mãos na tua imagem de luz, transparência...
Assim és tu...
Meu S. Judas Tadeu...
Amigo dedicado...