segunda-feira, 21 de abril de 2014

A Bicicleta


O amor é como a bicicleta...
Quando nos oferecem a primeira bicicleta ficamos tão felizes
que não conseguimos dormir pela felicidade de ter algo nosso
que nos torna mais homenzinhos...
É uma felicidade imensa, mas a aprendizagem
requere muito equilíbrio como também paciência...
Mas continuamos a querer andar 
e, por vezes, os adultos não têm tempo...
Aqui começa a nossa teimosia em querer...
Pegamos nela, admiramo-la com muito carinho
e aos poucos vamos andando, com quedas sobre quedas, sem desistir...
Até que resolvemos pôr duas rodinhas e, mais confiantes,
vamos melhorando com a certeza que já não damos quedas.
Já sabemos andar e quando pegamos nela sabemos como havemos de fazer,
de olhos fechados e também sem mãos, as habilidades.
Também ouviamos os mais velhos a referirem-se à sua mulher,
como "a minha bicicleta", porque era e continua a ser indispensável...
No amor acontece o mesmo...
A mulher continua a ser um ser especial.
Ela precisa de ser conduzida com suavidade, inteligência...
Existe agora a nova geração de bicicletas que quase não precisamos de pedalar...
É só facilidades, tão modernas que até nos cansam, 
porque o esforço é nulo...
Sabemos também que a bicicleta é o único aparelho
que trabalha o corpo todo, fazendo-se ginástica de grande qualidade.
No amor senão são trabalhados todos os sentimentos 
é como uma bicicleta sem pedais que também achamos
ou queremos acreditar que anda...
Chegamos ao ponto de a vigiar para ver se a roubaram ou não
e isso são obsessões.
A bicicleta é para ser usada diariamente e com felicidade,
porque é isso que nos proporciona.
Dá-nos um cansaço que se converte em relaxamento.
Assim é o amor...
Pedala-se todos os dias para nos dar saúde emocional...