Olho para ti, de cima para baixo, talvez para me sentir algo importante...
Sim, quero ser frágil...
De pequena cresço, cresço num correr de vida,
sempre na esperança de crescer...
Elevo a minha alma ao tamanho do mundo...
Por vezes, em voos espaçosos cometemos o erro de saber voar
numa lonjura cansativa que torma débil o levantar da âncora...
Fico nas tuas mãos como cadeado que atormenta a minha mente
e de mãos dormentes falo num sussurro para que ninguém oiça a minha dor...
Olho para ti e digo-te ao ouvido,
liberta-me desta minha pequenez,
tenho muito trabalho que desenvolve o meu espírito
de grandeza numa humildade de reconhecimento...
Somos todos iguais no corpo,
mas na mente a grandeza vê-se pelas suas obras...
Ainda atordoada reconhelo a vitória do meu crescimento, do meu querer...
E nas tuas mãos é transformada num colo doce
e perfumado de um longo sorriso...