Pela noite dentro ouço grilos falantes
num zumbido desgantante do trabalhar da abelha...
Palavras silenciosas ditas num rasgo...
Ando em nuvens descalça no queimar dos silos
e encontro o teu olhar escondido,
lagos verdejantes sobre os olhos da lua prateada...
Digo adeus em silêncio...
Em oração peço que os teus passos sejam abençoados
num abraço invisível, mas silencioso...
Digo palavras não ditas pela guitarra cantada no silêncio do fado...
Silêncioque se vai cantar o fado...
O pano cai, palmas embelezam a alma cristalina da voz...
Asa sobem ao céu pela tua mão...
Desço à terra do silêncio...
