segunda-feira, 2 de junho de 2014

Os Anjinhos



Anjos são espíritos de luz...
Anjinho é o nome que damos quando morre uma criança.
A igreja ensinou-nos que como estão sem pecado
e como também não há limbo, automaticamente, vão para o céu.
Céu, luz...
Luz, anjinhos...
Todos os anjos são, há semelhança do homem, rostos perfeitos...
Olhos azuis e com um rosto feito ao detalhe.
É o próprio homem que o fabrica, porque rezamos ao anjinho-da-guarda.
Todo o ser humano tem um espírito e temos também seres de luz,
sem nome, sem rosto, sem corpo, sem terra,
porque os seres de luz são luz...
Tentem agarar a luz...
Tentem agarrar a água... 
Ela desaparece por entre os dedos...
Este é o espírito de luz...
Anjos-da-guarda também são avó, avô, pai, mãe, irmão, etc,
que já faleceram e que gostam muito de nós.
Eles têm nome porque lhe puseram, os conhecemos e os amamos...
São para mim também os anjos-da-guarda...
Se acredito em anjos-da-guarda?
Claro que sim, e com muito respeito.
Não aceito é como os utilizam...
Sei que precisamos, aos nossos olhos, da beleza 
que nos leva a acreditar ainda mais.
Até porque, se fossem feios a força da fé deixava de existir,
deixávamos de sonhar, de acreditar,
e na espiritualidade não é isso que se pretende...
Quanto mais acreditarmos mais fé temos
e a força espiritual torna-se ou transforma-se em vida...
Se a imagem é fundamental para acreditar façam como as crianças,
arranjem um amiguinho imaginário muito bonito
e passa a ser o vosso anjo-da-guarda...
Desde o nosso nascimento temos anjos, anjinhos,
fadas, a N. Sra. de Fátima, ou outrem,
também o que os nossos progenitores nos oferecem com a sua fé...
Não são homens nem mulheres, são luz...
Quando falarem com o vosso anjo-da-guarda peçam luz,
sabedoria no caminhar pelos longos anos de vida...
As asas representam a liberdade que o nosso espírito precisa e
estão agarradas ao corpo de um humano...
Na vida precisamos de voar mentalmente,
na nossa imaginação, na nossa liberdade...
O corpo é apenas corpo...
A alma são as asas da liberdade...
Meu anjo-da-guarda, obrigada!  


A Minha Vida


Olá!
Chamo-me Rosa.
Nasci pela mão de um homem
que me plantou e todos os dias me regava.
Ele reparou que me transformava num lindo botão de rosa,
mas também viu os espinhos sobre o talo e falou consigo próprio,
como pode ser uma bela flor rodeada de espinhos tão afiados...
E com este pensamento triste deixou de cuidar deste botão,
mesmo antes de desabrochar e morreu...
Assim é a nossa vida...
Dentro do nosso espírito há uma rosa...
Todas as nossas qualidades são plantadas em nós
e crecemos no meio de espinhos, as nossas faltas...
Mas só vemos os espinhos e, com tristeza,
também vamos perdendo as forças
e deixamos de olhar para a beleza deste botão...
Mas como sou muito teimosa decidi que os espinhos fazem parte de mim...
O importante é ter o dom de saber, mesmo por entre espinhos, 
encontrar a beleza de cada um de nós...
Só assim é que este botão consegue desabrochar,
ou melhor, só assim consigo ser a rosa...
Tenho várias cores, cada uma com o seu significado.
Estou presente sempre no nascimento como na morte,
nos momentos de muito amor como na dor em todas as lágrimas...
Por vezes para me terem têm o cuidado de retirar todos os espinhos,
ou seja, assim não olham para os defeitos,
mas para o perfume que deixo ao passar 
na lembrança de olharem para mim...
Mesmo entre os espinhos e o desabrochar da vida 
continuo a ser sempre a Rosa...

As Rosas Santas



Hoje, venho contar uma história real.
Numa terra próxima havia uma senhora de 34anos
que de dia para dia estava a secar dos joelhos para baixo.
Chegou ao ponto de deixar de andar...
O marido preocupado chorava, mas ficava nesse chorar...
Reacções que cada ser humano tem...
A mãe pegou na filha e nos hospitais nunca encontraram doença alguma
para que puedesse ficar paraplégica, melhor, com as pernas secas...
Percorreram também todo o género de espiritismo e nada acontecia...
Esta senhora gostava do seu jardim, onde tinha muitas flores,
rosas, e tinha um vaso com rosas secas, que eram para o lixo.
Mas como estava com dores muito fortes foi-se deitar,
deixando o vaso na varanda da sua casa.
Pela manhã a mãe desta senhora disse à filha,
vamos a um sítio que tem lá, nesse local, a imagem de Sta. Maria Adelaide.
A filha disse, oh! Já não acredito em nada... Vou ficar assim para sempre...
Nessa noite foi visitada pelo espírito da Sta. Maria Adelaide que lhe disse,
as tuas pernas estão curadas...
Ao acordares irás ver no vaso as rosas que tanto gostas...
Quando acordou as pernas estavam libertas e, feliz, abriu a janela
e viu o vaso cheio de rosas amarelas, as suas preferidas...
Compreendeu que nunca se deve desistir de acreditar no poder de Deus,
porque a Deus nada é impossível...
Nas nossas vidas deixamos de andar, as pernas ficam presas,
não por doença, mas pelo medo de olhar que os milagres acontecem...
Não exitem problemas, existe falta de inteligência para os resolver...
Recebam também as vossas rosas abençoadas... 

O Deserto


Viajamos pelo mundo inteiro, quer físico quer de espírito,
mas o que impressiona é a grandeza da natureza que Deus nos oferece...
Este povo de grande valor espiritual e de muitos rituais
ensinam-nos o quanto somos tão pequenos perante a humildade
e a simplicidade com que vivem...
Nesta minha viagem encontrei um casal que brigava por tudo
e por nada, ao ponto de se provocarem.
A esposa levantou a mão no rosto do marido
e ele triste e de cabeça baixaescreveu na areia,
hoje, a minha mulher deu-me uma bofetada...
Continuaram a viagem como se de nada se tratasse.
Andando um pouco mais encontraram um oásis
e o marido feliz foi tomar um banho.
Nessa imensa alegria facilitou e estava prestes a afogar-se.
A esposa muito aflita tenta salvá-lo e leva-o para um local seguro.
Depois da recuperação, o marido, mais uma vez, pegou numa pedra e escreveu,
hoje, a minha esposa salvou-me a vida...
A esposa intrigada por este gesto perguntou-lhe,
quando te dei a bofetada escreveste na areia,
hoje que te salvei escreveste na pedra...
Carinhosamente, o marido explicou-lhe que 
quando alguém nos magoa escrevemos no vento do esquecimento
e o perdão encarrega-se de apagar a lembrança.
Por outro lado, quando nos acontece algo tão grandioso
devemos gravar na pedra da memória e no nosso coração
que nenhum vento pode apagar...
A esposa entendeu que o que importa na vida são as boas acções
de toda uma vida, porqbue aquelas menos boas foram apagadas pelo vento...
Registamos sempre o melhor para que seja sempre saboroso o que vivemos.
Teremos de dar valor ao paladar para saber distinguir toda uma vida...
Desfrute o que todo o deserto de uma vida nos ensina...
Encontrará sempre na sua vida um oásis com pedras preciosas...   

terça-feira, 27 de maio de 2014

A Folha de Papel


Dois amigos que não se viam há muito tempo 
encontraram-se e puseram a conversa em dia.
Um deles notou que o amigo tinha um ar triste
e perguntou-lhe o porquê.
Indeciso e com medo do julgamento esteve um pouco calado
e, por fim, decidiu contar ao amigo, afinal era o amigo.
Sabes, tenho muitos problemas em todas as áreas
e não sei o que vai ser de mim...
O amigo colocou a mão no ombro e disse,
estás a ver esta folha de papel?
Sim, respondeu ele.
Se eu pegar na folha e a dobrar o que acontece?
Ficam os vincos, continuou o amigo.
Se pegar na folha e a amarrotar, como fica?
Respondeu o amigo, amarrotada.
Se eu rasgar a folha, como fica?
Respondeu o amigo, em pedaços de papel.
Se eu queimar a foflha de papel, como fica?
Respondeu o amigo, papel queimado.
Se eu molhar a folha de papel, como fica?
Respondeu o amigo, o papel fica molhado.
Ainda com a mão no ombro do amigo disse-lhe,
é o que eu quero, que sejas assim...
O papel passou por tantas transformações
e nunca deixou de ser papel...
Na vida, de todos nós, passamos por muitas fases,
não entendemos o porquê, mas a certeza que temos
é que nunca deixamos de ser quem somos...
Em momentos por vezes indecisos
pegue na folha de papel e veja o que nos ensina...
Basta estar atento, acreditar, querer viver...
Com a simplicidade davida conseguimos resolver
todas as situações, sejam elas quais forem...
Acreditem...
A Deus nada é impossível...

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Elefante


O elefante é considerado o símbolo da boa sorte, da persistência,
da determinação, da solidariedade, da sociabilidade, da amizade, 
do companheirismo, da memória, da longevidade, do poder...
Pertence ao elemento terra...
Na Índia e no Tibete os elefantes são venerados 
e considerados como o suporte do mundo.
Assim, nos mitos hindus os primeiros elefantes do mundo
possuiam asas e brincavam com as nuvens.
É um animal sagrado e quando ofertado a alguém 
é símbolo de grande amizade e de muita sorte.
A cor vermelha representa vida...
Na África é símbolo da castidade pela razão das
suas trombas de carácter sexual...
Para mim o elefante é uma força da natureza, de uma inteligência...
O seu corpo era e é utilizado por reis
como também para trabalhos forçados,
os dentes de uma riqueza como de vandalismo...
O ser humano também é assim...
Igual a este mamífero de quatro patas ,
inteligente na vida, mas a sua força é utilizada,
muitas vezes, contra si próprio...
Quantas vezes nos sntimos pesados,
carregamos o dobro do peso de um elefante
e não entendemos o porquê...
Por outro lado, ficamos tão leves, libertos da nossa mente
que mais parece que estamos nas nuvens...
É verdade, a energia positiva, o acreditar nas nossas atitudes,
no nosso caminho, nas nossas capacidades,
torna-nos como as orelhas do elefante, as asas de borboletas
porque há muitas transformações que nos libertam e voamos...
A energia negativa, quando estamos a fazer algo contrariados 
em que não acreditamos e quando valorizamos muito 
as maldades de pessoas infelizes, é transmitida para nós 
devido à fragilidade do espírito...
O leve e o pesado, o bom e o mau, o positivo e o negativo
estão sempre presentes enquanto seres vivos.
Não acredito em animais selvagens,
são animais que também têm as suas regras
que vivem em manadas, mas há hierarquias 
e que não deixam que o homem se aproxime...
Perdem a liberdade e essa não tem preço...
Lutem por ela, libertem-se...
Voem ao encontro do que acreditam...
Tenham fé...
Vale a pena, marcamos pela diferença...
São sempre a força de alguém...
       

domingo, 25 de maio de 2014

O Pirilampo


De cera me vesti e revesti...
Encontrei em ti a luz da minha fé...
Esperei duramente todo este derreter
e encontrei por acaso uma caixinha mágica
que riscava com toda a sabedoria, o fogo...
Libertei-me, transformei-me em velas de cera...
Fico em oração no meu silêncio...
Com devoção peço transparência
na luz do caminhar da vida...
Quero pegar em ti e levar-te ao mundo
para que vejam, mesmo sendo tão pequenininha,
o amor, a fé tão grande...
O pirilampo todos acham engraçado...
Na noite sou uma estrelinha...
Brilho com toda a minha força...
Sou invisível a muitos olhos,
mas a felicidade de ser trocado por um dentinho
faz-me sorrir, mesmo sem dentes,
o sorriso do acordar de uma criança,
onde sou a fada do dentinho...
Sou um pirilampo para uns,
para outros uma luzinha,
a luzinha dos meus desejos...
Desejo que todos os vossos desejos
sejam a luz das vossas vidas...
Eu nunca me apago...
Velo por ti... 

A Menina


De olhar doce e brejeiro pego no teu rosto,
levo-o comigo numa aventura de recordações
a uma infância magnífica...
Nasci a viver o fado, não do lamento ou da saudade,
mas um musical de notas ensaiadas pela tua voz cristalina
e doce que mais parecia um anjo na terra...
Brinquei contigo ao faz de conta numa peça de teatro,
num oceano imaginário, pensando no futuro...
Estou num aquário, deixo de viver o presente com medo
que a onda me embale na melodia do teu colo...
O teu rosto de menina mulher, escrito na pele da ardósia,
risco com o giz e apago com o tempo esquecido da força do ventre...
Menina, moça, sorriso catita encanta quem de si se aproxima...
A frescura da vida no seu viver, a alegria de um sorriso maroto
traz ao meu peito o calor da vida...
Menina, moça...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

O Vício


Há partes de nós que se tornam viciantes
como podemos chamar o vício de boca, cigarro,
o vício da chupeta, o vício de enrolar o cabelo,
o vício do álcool, o vício do jogo e muitos mais poderia escrever.
A palavra vício é um descontrolo emocional,
onde por mais que o cérebro dê a ordem a sociedade dita as regras.
O espírito não quer, rejeita, porque talvez seja melhor continuar,
porque já se está no vício, em vez de se ter trabalho a destrui-lo.
E por mais repetição, tentando impor-se à emoção mais ela o desafia,
fazendo competição com ela própria...
Todos estes vícios podem ser tratados através de comprimidos,
psiquiatria, a ciência que estuda o cérebro, mas não a alma...
Existe um vício no ser humano cada vez mais utilizado
e este não tem cura, porque provoca feridas profundas
que sendo real seria surreal...
O vício do amor, um vício que ataca mais a mulher.
É simples de entender...
A mulher carrega nove meses o seu filho, o filho cresce
e vai transferindo para o homem como para a mãe
o sentimento de posse.
Depois quer mais e mais...
É verdade, como mãe dá muito, como filha também,
como namorada, como mulher, esposa...
É normal que de tanto dar também quer receber
e quando não recebe fica em estado de choque
e aqui começa o início do vício do amor...
Embriagamo-nos todos os dias com a esperança
de conseguir um dia esquecer que amei esse alguém...
Sento-me na mesa da vida e encontro corpos vazios à espera
de serem enchidos com palavras ou até um telefonema
ou um like para se sentirem vivos...
Viciado no amor torno-me um zombi, estou bem onde não estou...
Tenho excesso de amor, porque me tornei um viciado no amor...
Qualquer que seja o vício, ele mata...
Viva com amor...
Não morra por amar...

A Noite



Vi-te chegar...
Trazias nuvens de algodão doce nos teus braços
vestidas de estrelas num céu imenso...
A chuva mágica escondia o génio da lâmpada com os seus desejos.
Ao longe um coração cheio de luz, um pirilampo mágico
sorria para mim, transformando a noite em dia,
tal era a sua luminosidade...
Um anjo de luz corria feliz na procura da sua estrelinha...
Nas minhas mãos protejo o calor do amor na descoberta do brilho.
No coração guardo recordações de emoções apagadas pelo tempo.
Na noite levo nos meus sonhos um tapete voador ao teu encontro,
onde espíritos se cruzam no olhar do atlântico...
Brinco com a luz como uma bola de neve que se apaga no rolar da vida.
A lembrança deste olhar mantém um coração vivo...
Na noite encontro o teu coração...
Na noite brilha o amor...

terça-feira, 20 de maio de 2014

A Fé


Palavra tão pequena e tão grande...
Que difícil é entendê-la...
Todos a querem, mas não a encontram, a fé...
Acreditar em quê, no quê?
Tudo é invisível enquanto não acreditamos.
Acreditar em quê?
Em mim, em ti, nele, em todos...
Fé, as árvores, os montes, a água, a terra...
Fé, paz, amor, carinho, felicidade...
Fé, alegria, tristeza, angústia, medo, dor, solidão...
Fé, tudo se torna visível quando aprendemos...
Acreditar, fé, é um estado de alma feliz,
é ver nos teus olhos a felicidade,
é ver os teus sonhos realizados...
Fé é acima de tudo acreditarmos em nós,
que somos capazes de ter...
Fé é quando aprendemos a gostar de nós...
Fé, eu tenho, tu tens dentro de ti...
Acredita, podes alcançar o que mais desejas...
Tem fé...

A Auto-Estima


A auto-estima é um pensamento construído
pelo nosso cérebro, negando a imagem.
A imagem é projectada pelo olhar, o pensamento rejeita-a
e entramos em conflito entre o bonito, o perfeito, 
a insatisfação e a carência escondida pela timidez...
Geralmente, quem sofre desta doença da alma são actores, actrizes,
ou seja, são artistas incógnitos sempre na esperança das palmas...
O teatro deles é um espelho escondido pelo silêncio...
A peça de vestuário é uma peça de teatro
que precisa da aprovação da arte...
A pintura, os cabelos, o corpo delgaçado e interessante
aos olhares masculinos tornam-na uma sedutora, felina, vencedora...
Tudo isto num mundo imaginário construído por pensamentos
delirantes e muitas vezes masoquistas, um misto de contradição...
Os olhos buscam, um olhar procura, a mente fabrica 
palavras e sorrisos imaginários de bocas mudas,
desenhando lábios vermelhos...
A auto-estima requere cuidados psicológicos...
Mais tarde torna-se do foro psiquiátrico, 
não pela doença, mas pela dor, pela tristeza perdida em clausura...
Preciso que me digam que sou bonito, que estou bonito para sorrir...
Acho normal porque a vaidade existe, 
mas os excessos competem entre a vaidade e a auto-estima.
Todos os seres humanos são lindos...
Uma mãe a dar à luz olha para o seu filho e diz,
o meu filho é tão lindo!
Logo, somos os seres mais lindos do mundo 
pelo brilho do amor, respeito, pela verdade e humildade...
São estes os valores que levantam toda uma vida, a auto-estima...
Vivam sem brigarem, sem competirem com a vossa beleza,
a  beleza da alma...

A Vassoura


A vassoura é um utensílio doméstico usado
por todas as mulheres desde os tempos remotos.
Ela foi inventada para mostrar limpeza no seio familiar.
A aprendizagem das crianças, desde pequenas,
era feita por imitação da mãe e era um orgulho aprender a varrer a casa.
Mais tarde já havia, também, vassourinhas para as meninas brincarem
e, assim, além de brincarem, aprendiam.
A aprendizagem era dura pela parte física,
mas não se podiam queixar se não o castigo era maior,
Símbolo de defesa da mulher...
Também temos o limão a que chamamos a vassourinha do corpo.
Vasssoura, porquê?
Consegue limpar, dá higiene à habitação, um bem-estar,
um cheirinho a limpeza.
Logo, proporciona bem-estar a todas as pessoas que a utilizam.
Com as novas tecnologias aprendemos 
com muita facilidade e rapidez a limpar, dois utensílios opostos,
mas trabalhados de forma muito intensa...
O nosso cérebro também tem uma vassourinha,
para ser mais moderno, o delete.
O cérebro funciona como uma habitação.
Por vezes, levamos lixo para dentro de casa que são
as palavras em excesso, as acções que ocupam muito lugar.
Se lhe metemos muito lixo somos obrigados a limpá-lo,
caso contrário a confusão é tanta que é tal a desorganização.
Para ser mais rápido "deleta-se" tudo, organiza-se a habitação 
para se poder entrar e servir de um bem-estar que se constrói.
Ninguém sabe o sacrifício que passei para chegar
onde cheguei nesta arrumação de vida... 
Aproveitem a vassourinha, sejam bruxinhos,
voem em direcção à higiene mental.
Nunca aceitem o lixo que não vos pertence.
Lutem, as dores desaparecen e ficam libertos de um pesadelo.
A Deus nada é impossível.
Acreditem nessa limpeza Tide.
A vida agradece sorrindo.
 
 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Túnel


Caminho com os meus pensamentos...
Distraído levo o livro relendo memórias rasgadas
pelo desfolhar de cada página...
Encho o peito de alegria pela felicidade 
de te ter nas minhas mãos, algo tão sagrado...
A morte leva vidas, mas ficamos com as lembranças...
Distraído neste meu passeio encontro-me diante do túnel...
Passo ou não passo?
Medos, fantasmas levam o meu imaginário
a rejeitar a entrada no túnel...
Tenho medo, tenho medo...
O eco no meu cérebro faz palavras cruzadas...
Desafios constantes obrigam-me a tomar uma posição...
Neste caminho de esperança
a força dentro de mim dá-me a liberdade de voar,
de passar por cima e não entrar no túnel...
Tenho a escolha em que quero acreditar,
o caminho da esperança, do bem,
mas principalmente o que eu quero...
Parabéns, é vencedor!

A Lagoa Azul


Céu azul, discreto pelo caminhar entre as nuvens...
Espreito para a terra e vejo um mar imenso a meus pés...
Feliz, corro com o vento sobre as asas de águia
e deliciada pela liberdade dou asas à imaginação
de um verdejante de esperança...
Lanço o olhar para o paraíso da lagoa azul,
dispo-me das amarras provocadas pelas miragens do deserto
e embrenho-me em águas cristalinas,
frescas pelo nadar mariposa, onde cheia de transformações
digo adeus ao corpo flutuado no esquecimento...
Espírito de reflexos espelhados,
confundindo o chilrear da magia dos papagaios e do arco-íris
fico ilesa das portagens e das cobranças indevidas...
Voo em direcção à minha lagoa azul,
onde os sonhos se tornam realidade...
Cada sonho é a felicidade de estar em liberdade...

terça-feira, 13 de maio de 2014


Caminho só na vida...
Caminhada com olhares sem rosto...
Visto-me com o frio da solidão,
protejo o meu corpo com o calor do carvão,
respiro os paladares de sabores internacionais,
ouço cantares de línguas que se manifestam em ruas incógnitas
e pergunto, o que faço aqui, quem sou eu?
Apenas mais um na multidão escondida pela noite...
Candeeiros ligados cruzam-se com as luzes de carros
que cegam o caminho, confundindo-me com o circo,
onde brilham risadas e palmas pelo silêncio de terminar a actuação...
Caminho só na vida com o desejo de te ter ao meu lado,
nem que seja por um só instante...
As estrelas brilham, o sol aquece, o vento sopra no teu abraço...
Fico quieta à espera do teu respirar,
vagueio a mente como um mapa
e termino a minha solidão de mão dada
com a estrada da vida percorrida por pés doridos,
cansados, mas a felicidade de conhecer calçadas
faz de mim um património humano...
Só, sozinho, na solidão, mas  feliz...