terça-feira, 18 de março de 2014

Pai



Com três letrinhas apenas se escreve a palavra Pai...
É das palavras mais pequenas, mas a maior que o mundo tem...
Pai  ausente, Pai presente, apenas Pai... 
Nasci sobre a tua força entre os braços do amor.
 Embalaste-me com o teu sorriso, com um olhar cuidadoso,
com a verdade sempre presente nas tuas atitudes,
na aliança de promessa, de honestidade,
fidelidade, numa vida de trabalho e amor...
Sempre  com diálogos brincalhões...
Ensinaste-me a confiança e a liberdade de dizer, 
a fazer pela vida sempre com a responsabilidade
de não faças aos outros aquilo que não queres que te façam...
Como Pai, sempre presente...
Como marido, respeito... 
Partiste e deste-me tempo para me despedir de ti...
Não choro, porque não acredito na morte, mas, sim, no espírito...
Estejas onde estiveres és e serás sempre o meu Pai...
Pai ausente transporta com ele os filhos
 na saudade de um afago, de um sorriso
e até na oferta de um computador para descontar o tempo ausente...
Pai ausente é como o filho ausente ...
 São cordas,  em nó de marinheiro, que se seguram com a fortaleza do aço...
O amor presente, um porto seguro para o teu abraço... 
As circunstâncias da vida fazem caminhos cruzados,
mas, também, nós não sabemos voltar atrás e dizer, amo-te Pai...
Na tua partida, flores, um carreiro de formigas negras
e pedaços de terra em palavras são ditas, descansa em paz...
Hoje, vivo com a aprendizagem que me ensinaste na morte...
O perdão constante...
Continua na vida o que tu és...
O amor são as tuas obras...
 Só assim será eterna a memória...
Para ti Pai, amo-te!